Publicado 22/11/2021 15:34 | Atualizado 22/11/2021 15:46
Rio - O Ministério Público do Rio informou que a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo está acompanhando as ações em decorrência do encontro de oito corpos em uma área de mangue no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, na manhã desta segunda-feira (22), horas depois de uma ação da Polícia Militar. Segundo o parquet fluminense, a operação foi regularmente comunicada, mas medidas cabíveis serão tomadas. No sábado (20), o sargento da PM Leandro da Silva, de 40 anos foi morto durante confronto com criminosos.
Pelo menos oito mortos já foram retirados do local por populares, no entanto, segundo moradores, mais corpos podem estar espalhados por áreas de difícil acesso do mangue que margeia a comunidade. "Pessoas inocentes que são trabalhadores, chefes de família, por mais que tenham parentes envolvidos nessa vida não vão conseguir colocar a sua vida em risco na hora do tiroteio (para reconhecer os corpos), têm que esperar as coisas acalmarem para ver o resultado. E o resultado que vocês estão vendo é isso aí: oito corpos que a gente encontrou, fora aqueles que possivelmente podem estar perdidos pelo mangue ainda", afirmou um morador, que não será identificado.
Mais cedo, a PM havia confirmado apenas um homem encontrado morto – ele teria sido reconhecido por policiais do 7º BPM (São Gonçalo) como um dos envolvidos no ataque à guarnição que executou o sargento Leandro da Silva, de 40 anos, no sábado (20). A corporação confirmou os mortos por volta das 8h desta segunda, após as imagens da retirada dos corpos pelos próprios moradores.
Uma idosa de 71 anos, identificada como Carmelita Francisca, também foi baleada durante o confronto no Salgueiro. Ferida no braço, ela foi levada para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, e e recebeu alta após ser medicada.
Em nota, a Polícia Militar confirmou que houve confronto nas "proximidades de uma área de mangue com mata", após policiais do Bope serem atacados por criminosos, mas que não houve "detidos ou relatos de feridos". O resultado desse confronto teria sido apenas apreensões: duas pistolas, 14 munições calibre 9 mm, 56 munições de fuzil calibre 762, cinco carregadores (02 para fuzil e 03 para pistola), um uniforme camuflado, 813 tabletes de maconha, 3.734 sacolés de pó branco e 3.760 sacolés de material assemelhado ao crack.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.