Publicado 05/02/2022 11:44
Rio - Internado há quatro dias no Hospital Estadual Getúlio Vargas, o estado de saúde do adolescente Caio Douglas Nascimento, 17, baleado na cabeça na Cidade Alta, em Cordovil, ainda é grave. Ele estava no carro com a mãe quando ela entrou por engano em uma das ruas de acesso à comunidade na Zona Norte do Rio, e traficantes dispararam contra o veículo.
Na quarta-feira (2), Caio passou por um procedimento para retirar o projétil da cabeça. Quarta seria o dia em que ele se apresentaria no alistamento militar obrigatório. Alexssandra Nascimento, mãe do adolescente, disse que ouviu pelo menos dois tiros no momento em que o filho foi atingido por um disparo.
Alexssandra vinha de Magé e seguia para Irajá, onde mora. Na Estrada do Porto Velho, ela errou um dos caminhos e entrou na Cidade Alta. "Quando eu entrei com meu carro, ouvi um tiro. Olhei para a frente e disse: 'Caio, o cara deu um tiro'. Mas ele deu um tiro para cima. O cara deu um outro tiro e acertou meu carro. Eu falei: 'Abaixa, Caio'. Nós abaixamos. Comecei a orar e continuei dirigindo. Aí ele respondeu: 'Estou abaixado'. No fim da rua, vi a linha do trem e dobrei à esquerda. Quando olhei para ele de novo, vi que o tiro havia acertado a cabeça dele", disse Alexssandra ao 'RJ1', da TV Globo.
Desde o ocorrido, a Polícia Militar vem realizando operações nas comunidades Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau com o objetivo de prender criminosos em flagrante e localizar o autor do disparo. Até o momento, a polícia não conseguiu chegar até o criminoso. A presença dos militares resultou em dias de intensos tiroteios nessas regiões.
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