Publicado 08/02/2022 12:19
Rio - Apesar da reunião que pareceu ter decidido o futuro dos quiosques Biruta e Tropicália, local da morte de Moïse Kabagambe, no dia 24, o dono de um dos espaços disse que não irá cedê-lo para a família do congolês assassinado a pauladas. Nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a família do imigrante se encontraram e o município prometeu uma concessão até 2030 para os parentes da vítima administrarem os dois quiosques.
"Estou naquele ponto desde 1978 e não vou abandoná-lo", disse Celso Carnaval, em entrevista ao UOL. O quiosque é administrado pela concessionária Orla Rio que já moveu uma ação de reintegração de posse do estabelecimento em julho de 2021. Agora, Celso e a concessionária aguardam uma decisão na Justiça.
Questionada pelo Dia, a Orla Rio disse que vai aguardar a decisão da Justiça sobre o processo de reintegração de posse do quiosque Biruta. Sendo favorável, a empresa vai dar seguimento à segunda fase do projeto de memorial ao Moïse.
O quiosque de Celso era gerenciado por Viviane de Mattos Faria, irmã do policial militar Alauir Mattos de Faria, apontado como proprietário do local por dois dos homens que agrediram Moïse até a morte. Segundo o advogado do PM, Lennon Lopes Ribeiro Corrêa, Aluir ia ao local para ajudar a irmã e não pedia remuneração.
A Orla Rio também esclareceu que o contrato para operação do Biruta foi celebrado com Celso Carnaval, que, sem o consentimento da empresa, entregou a operação do quiosque a outra pessoa. A concessionária diz que notificou o ex-operador algumas vezes por conta dessa e de outras irregularidades que estavam sendo cometidas, mas como o mesmo não as sanou, rescindiu o contrato e entrou com uma ação judicial para reintegração de posse.
Dentre as irregularidades identificadas, estão a não comprovação da regularização dos funcionários, falta de observância das normas sanitárias e inadimplência. O processo corre na justiça desde julho de 2021.
Dentre as irregularidades identificadas, estão a não comprovação da regularização dos funcionários, falta de observância das normas sanitárias e inadimplência. O processo corre na justiça desde julho de 2021.
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