Publicado 08/02/2022 14:29 | Atualizado 08/02/2022 15:42
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) decidiu, em audiência de custódia na tarde desta terça-feira (8), conceder liberdade provisória para o estudante Yago Correa, de 21 anos, preso desde o último domingo (6), na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. O jovem foi detido quando tentou se abrigar de uma correria, dentro de uma farmácia, logo após deixar uma padaria, onde havia comprado pão para um churrasco com amigos. Um adolescente que estava com drogas foi preso na mesma ocasião.
Na decisão, o juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese levou em consideração a manifestação do delegado que está à frente do caso, que colocou em dúvida a participação de Yago nos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, por não existir conflito nas versões apresentadas em depoimento por ele e pelos policiais militares que realizaram a prisão, já que a bolsa com drogas estaria com o menor e ainda não foi apurada ligação entre os dois.
"No que diz respeito à conversão da prisão em flagrante em preventiva, entende este magistrado que a prisão não se mostra necessária, adequada ou proporcional (...) não há a gravidade em concreto para se justificar a prisão neste momento. Assim, tudo indica que a sua liberdade não representa risco à sociedade, à ordem social, às testemunhas ou à integridade física de vítimas", declarou o magistrado.
Na decisão, o juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese levou em consideração a manifestação do delegado que está à frente do caso, que colocou em dúvida a participação de Yago nos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, por não existir conflito nas versões apresentadas em depoimento por ele e pelos policiais militares que realizaram a prisão, já que a bolsa com drogas estaria com o menor e ainda não foi apurada ligação entre os dois.
"No que diz respeito à conversão da prisão em flagrante em preventiva, entende este magistrado que a prisão não se mostra necessária, adequada ou proporcional (...) não há a gravidade em concreto para se justificar a prisão neste momento. Assim, tudo indica que a sua liberdade não representa risco à sociedade, à ordem social, às testemunhas ou à integridade física de vítimas", declarou o magistrado.
Entretanto, para continuar solto, o estudante, que é também entregador de comida, precisa comparecer mensalmente ao cartório do Juízo criminal da 38ª Vara Criminal da Capital, com o primeiro ocorrendo em dez dias após sua soltura. Yago também não pode deixar a comarca por mais de dez dias e se mudar sem autorização da Justiça.
Na manhã desta terça-feira, familiares aguardavam pela audiência de custódia e realizaram uma manifestação pedindo sua liberdade, na porta da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, também na Zona Norte, onde ele está preso. Com a liberdade concedida, parentes continuam no local aguardando pela soltura do jovem.
Na manhã desta terça-feira, familiares aguardavam pela audiência de custódia e realizaram uma manifestação pedindo sua liberdade, na porta da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, também na Zona Norte, onde ele está preso. Com a liberdade concedida, parentes continuam no local aguardando pela soltura do jovem.
"A expectativa agora é tirar ele daqui, levar ele para casa, descansar, porque desde domingo a gente não dorme. A sensação é de alívio, de dever cumprido, de que conseguimos provar a inocência do Yago. Estamos mais aliviados, mas esperando ele passar por essas portas, porque desde uma e pouca da tarde recebemos a notícia e até agora nada", disse Érica, ansiosa para ver o irmão.
A Polícia Civil, inicialmente, pediu a conversão da prisão em flagrante, para preventiva. Mas reviu a decisão após reconhecer que há "dúvida razoável" sobre a prática de crime por parte de Yago. Os policiais disseram em conversa informal que ele "talvez estivesse no lugar errado na hora errada".
A Polícia Civil, inicialmente, pediu a conversão da prisão em flagrante, para preventiva. Mas reviu a decisão após reconhecer que há "dúvida razoável" sobre a prática de crime por parte de Yago. Os policiais disseram em conversa informal que ele "talvez estivesse no lugar errado na hora errada".
Em nota, a instituição esclareceu que "surgiram novos elementos após a prisão em flagrante e o delegado teve o entendimento de que deveria ser instaurado um inquérito policial para que os fatos sejam apurados com mais detalhes e considerando as informações adicionais surgidas durante o procedimento de investigação".
Ainda de acordo com a nota, "o próprio delegado de plantão, verificando dúvida razoável da participação de Yago na ocorrência, solicitou e representou à Justiça pela soltura do jovem para que os fatos sejam melhor investigados dentro deste inquérito policial."
Ainda de acordo com a nota, "o próprio delegado de plantão, verificando dúvida razoável da participação de Yago na ocorrência, solicitou e representou à Justiça pela soltura do jovem para que os fatos sejam melhor investigados dentro deste inquérito policial."
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