Publicado 09/02/2022 10:17 | Atualizado 09/02/2022 10:39
Rio - Manifestantes com cartazes pedindo justiça fazem um ato em frente ao Fórum da Capital, nesta quarta-feira. Do lado de dentro, é realizada a quarta a audiência de instrução e julgamento sobre o caso Henry Borel, de 4 anos. O objetivo da audiência desta manhã é ouvir os réus Jairo Souza Santos Junior, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monque Medeiros. Ambos respondem pela morte da criança no dia 8 de março de 2021.
"Será mais um passo doloroso a ser presenciado por mim, porém necessário em prol da Justiça pela crueldade que cometeram aqueles dois monstros. Infelizmente tenho acompanhado a postura deste casal macabro, que caminham progressivamente com mentiras, cartas e manifestações que desvirtuam da verdade", disse o pai do menino, Leniel Borel que é assistente de acusação no julgamento.
Em janeiro, os advogados de Monique pediram que a ré fosse encaminhada para prisão domiciliar pois estaria sendo ameaçada por uma advogada, identificada como Flávia Pinheiro Fróes, contratada pelo pai de Jairinho para fazer uma investigação defensiva do caso. Ela teria visitado Monique que alegou ter sido coagida a assinar um termo de culpa pela morte do filho. O caso teria acontecido no dia 7 de janeiro deste ano.
Logo depois do caso, o advogado Braz Sant'Anna, que estava no caso desde abril do ano passado, deixou a defesa do ex-vereador. Flávia protocolou na último dia 18 uma queixa-crime contra a defesa de Monique. A petição acusa de calúnia os advogados Thiago Minagé e Hugo Santos. O até então advogado de Jairinho não informou se a saída teria ligação com a suposta atitude da advogada da família.
O advogado escolhido para substituir Sant'Anna foi Lúcio Adolfo da Silva, que também atuou na defesa do goleiro Bruno.
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março de 2021 após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.
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