Jairinho e Monique assistiram as primeiras AIJ entre outubro e novembroMarcos Porto/Agência O Dia

Rio – A juíza Elizabeth Louro Machado ouve nesta quarta-feira os depoimentos de Jairo Sousa Santos Junior, o Dr. Jairinho, e Monique Medeiros sobre a morte do menino Henry, de 4 anos, ocorrida no dia 8 de março de 2021. Esta será a quarta audiência de instrução e julgamento (AIJ), conduzida pela 2ª Vara Criminal da Capital. Depois da AIJ a magistrada decidirá o futuro do julgamento, que deve ir à júri popular. Monique e Jairinho podem ser condenados até 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.
Da última vez que Monique e Jairinho estiveram no tribunal, testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas, incluindo a babá do menino Henry e a mãe de Monique. As primeiras audiências aconteceram entre os dias 6 de outubro e 14 e 15 de novembro. Agora apenas os réus serão interrogados. Além das perguntas feitas pelas defesas do ex-casal, ambos também terão de responder ao promotor do caso, Fábio Vieira dos Santos.
Leniel Borel, pai do menino Henry, que atua como assistente de acusação, convocou uma manifestação pedindo justiça pela vida do filho em frente ao local da audiência. Ele explica que este é mais um passo doloroso a ser presenciado.
“Continuarei suplicando por justiça e responsabilidade severa para Jairo e Monique! Sempre na proporção da brutalidade que eles cometeram com o Henry. Agradeço a todos que estarão conosco em frente ao Fórum da Capital e todos os demais que estarão em orações nos seus respectivos lares”, disse o engenheiro.
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos e morreu na madrugada do dia 8 de março de 2021 após dar entrada na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que a criança morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, Dr. Jairinho, e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime. O casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, a mãe de Henry Borel era conivente com as agressões do namorado contra o filho.