Publicado 05/05/2022 18:04 | Atualizado 05/05/2022 18:16
Rio - A Justiça do Rio decidiu, na tarde desta quinta-feira, 5, manter a prisão temporária de Fred Henrique Lima Moreira por tentativa de feminicídio, tortura, estupro e cárcere privado da jornalista Ana Luiza Dias, 37 anos. O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito seguiu a recomendação feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pela manutenção da prisão de Fred. Ele foi preso nesta terça-feira, 3.
Por ter sido preso em flagrante, o juiz manteve as algemas do custodiado durante a audiência. A delegada Natacha Oliveira, responsável pelo caso, falou sobre a situação da vítima quando se dirigiu até a delegacia para registrar a ocorrência.
"A Ana compareceu à delegacia, na sexta-feira, com muitos sinais evidentes de lesões corporais, principalmente na região da face, informando que teria sido mantida em cárcere privado pelo namorado durante três dias, nesse período ele teria golpeado por diversas vezes a sua cabeça. E ainda teria torturado psicologicamente", lembrou.
A jornalista, conhecida como Luka Dias, foi mantida em cárcere privado por Fred Henrique por três dias no apartamento dele, em Copacabana, Zona Sul. "Eu reagi. A gente às vezes dá um 'start' na nossa vida e não podemos perder tempo. Então, pensei: 'É agora ou vou morrer'. E eu ia morrer, porque podia ter infecionado minha mandíbula. A fratura poderia ter pego a veia, eu tava com fratura craniana, está muito sério. Se eu continuasse lá, iria morrer. A mulher deve ser respeitada, amada, cuidada", desabafou Luka, em entrevista ao "Bom Dia Rio".
Exames constataram que Luka sofreu traumatismo craniano e fratura na mandíbula. Até esta terça-feira (3), ela ficou internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) se recuperando dos ferimentos. Policiais encontraram um cassetete e um soco inglês no apartamento do agressor e, segundo a delegada, eram esses os objetos usados para agredir a vítima. Uma réplica de pistola também foi encontrada pelos investigadores.
Em casos de violência contra a mulher, a vítima ou a testemunha devem denunciar através dos seguintes canais:
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180;
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher - DEAM;
Dique Denúncia - Ligue 197;
Polícia Militar - Ligue 190;
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através do WhatsApp (61) 99656-5008.
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180;
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher - DEAM;
Dique Denúncia - Ligue 197;
Polícia Militar - Ligue 190;
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através do WhatsApp (61) 99656-5008.
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