Após ser preso, Lourival Ferreira de Lima, pai do militar Bruno, é transferido para presídioMarcos Porto
Publicado 17/05/2022 20:45
Rio - Envolvido na morte do policial civil Renato Couto, Lourival Ferreira de Lima disse, no momento em que estava sendo preso, que era um gari. Ele foi preso na noite de domingo, 15, no 1º Distrito Naval da Marinha, na Praça Mauá, no Centro do Rio. Além do dono do ferro-velho, os militares Bruno Santos de Lima — filho de Lourival—, Manoel Vitor Silva e Daris Fidelis Motta foram presos por envolvimento no crime.

"Sou gari da Comlurb", disse Lourival, em um vídeo do G1, que completou: "Eu vim aqui porque meu filho foi prestar depoimento e não sei onde ele está agora".
Nesta terça-feira, 17, o policial civil foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Jardim Sulacap, Zona Oeste. O papiloscopista do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil, foi morto por três militares da marinha após confusão em ferro-velho, na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio.
Ainda na manhã de hoje, foram encontradas fardas de fuzileiros navais durante uma ação de limpeza no ferro-velho que pertence aos envolvidos na morte do policial. O local, que fica na Avenida Oswaldo Aranha, entre o prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e a Escola Nacional do Circo, era administrado pelo sargento da Marinha do Brasil, Bruno Santos de Lima, e seu pai, Lourival Ferreira de Lima. Ambos foram presos e indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Renato foi baleado três vezes pelos militares e foi jogado ainda com vida pelos militares no rio Guandu. Nesta segunda-feira, um laudo da perícia confirmou que a morte do policial civil ocorreu por afogamento e não em decorrência dos ferimentos dos disparos.
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