Publicado 02/06/2022 15:46
Rio - Um laudo do Instituto Médico Legal detectou a presença de quatro "grânulos esféricos", de tamanhos variados, com uma cor que varia entre azul escuro e preto, encontrados no estômago do estudante Bruno Cabral, de 16 anos, que pode ter sido envenenado pela madrasta, Cintia Mariano Dias, 47. De acordo com a perícia, essa forma de apresentação pode sugerir a ingestão de um raticida comercializado clandestinamente, conhecido como "chumbinho".
De acordo com a perícia, não foi possível detectar a presença de inseticidas ou outras substâncias tóxicas no material analisado. "Mesmo com a presença de grânulos, um resultado negativo é possível devido a fatores como: tempo decorrido entre a ingestão do produto e a coleta do material para exame, dose utilizada e intervenções hospitalares realizadas, como a lavagem gástrica", diz um trecho do laudo.
Bruno passou mal, após comer feijão na casa da madrasta, foi internado e levantou suspeitas pelas semelhanças de mal-estar com os da irmã Fernanda Cabral, de 22 anos, morta dois meses antes. O adolescente disse ter sentido gosto amargo no feijão e observado pedrinhas azuis em meio ao caldo. Ele teve visão turva, sudorese e língua enrolando. No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue, que detectou níveis altos de chumbo em seu sangue. Ao contrário da irmã, Bruno sobreviveu.
Nas redes sociais, Jane Cabral, mãe dos jovens, continua pedindo por justiça: "A luta continua, não descansarei um dia se quer. Peço a todos os seres de luz do céu e da terra juntos comigo nessa. Vamos todos! Queremos JUSTIÇA! A de Deus não falha, mas queremos que a desse país tome as providências!”, escreveu Jane.
Cintia foi presa preventivamente pela Justiça e aguarda o final das investigações presa no Complexo de Bangu, no Rio. A Polícia Civil também investiga se Cíntia também está envolvida nas mortes do ex-marido e de uma vizinha.
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