Publicado 17/06/2022 16:00
Rio - Após dois dias da queda da caixa d'água no Condomínio Leme II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, que deixou cerca de 58 pessoas desabrigas e provocou o alagamento de alguns apartamentos próximos, moradores dizem que construtora ainda não os procurou para dar qualquer assistência.
Para os que ficaram desabrigados por conta da interdição do prédio, a Prefeitura do Rio ofereceu a possibilidade do Aluguel Social, no valor de R$ 400, enquanto a Direcional Construtora, responsável pelo empreendimento, ofereceu a hospedagem em um hotel. Porém, nada foi dito sobre os bens materiais perdidos no acidente.
Além disso, tanto os inquilinos do bloco 8, como os dos prédios próximos ao local do acidente, receberam cobertores e uma cesta básica. Esse foi o caso de Débora Cristina, de 39 anos, que apesar de não ter a casa afetada, está buscando os direitos de seu irmão cadeirante e sua mãe, que já é idosa. Os dois moram juntos em um apartamento no bloco 7 e tiveram a casa alagada com o incidente.
De acordo com ela, o local mais atingido foi o quarto de seu irmão, que acabou perdendo tudo, mas como o prédio não diretamente atingido, não teve direito a outros auxílios e, apesar de terem sido procurados pela construtora no dia do ocorrido, eles não retornaram seus questionamentos e não voltaram a falar com moradores.
"Ninguém veio procurar. Até então ele está sem a cadeira a fralda, tivemos que jogar fora, arrumar dinheiro, se virar pra poder comprar fralda. né? As assistentes sociais, deram uma cesta básica e o colchão, mas como que ele vai deitar no chão se ele é cadeirante? Ainda falaram que bens materiais não tinha o que fazer, como eu tinha dito, a minha mãe está desempregada, só ele que recebe aposentadoria", e continuou, falando que buscou ajuda por mais de uma vez, mas sem sucesso.
"Vem várias pessoas aqui, eu falo com elas, pergunto o que que vão fazer e a resposta que eu levei é que como foram bens materiais, não poderiam fazer nada, mas pra quem não tem condições faz muita diferença. A gente limpou o quarto dele e teve que jogar tudo fora, agora o quarto está vazio, só tem a sapateira", desabafou.
Segundo seu relato, todo o condomínio ainda está sem água, sendo abastecido somente por três caixas d'água de mil litros, onde os moradores precisam ir buscar o suprimento com auxilio de baldes. "Eles estão enchendo três caixas d'água, dessas caixas que botam em casa, de mil litros, aí a gente tem que ficar descendo pra pegar no balde, na panela, no que der", explicou.
Marcelia Calheiros, de 45 anos, morava no apartamento 403 do bloco 8, com seu marido e filho, e conta que além da cesta básica, só recebeu um cheque no valor de R$ 400 para pagar o aluguel deste mês, mas que não foi informada sobre como será feito o pagamento do mês de julho, nem se será ressarcida pelos bens que perdeu.
"Tive que me mudar, arranjar um lugar correndo. No dia do acidente, eles ficaram anotando o que o que nós perdemos, com a ajuda da perícia, mas eu não sei o que que vai ser feito. E no dia que a gente foi buscar as coisas, eles deram uma cesta básica por família, um colchonete por cada pessoa e um cobertor pequenininho. A prefeitura deu um cheque referente a esse mês e disseram que ainda irão fazer dos meses que ainda estivermos fora do apartamento" contou.
Em sua casa, imagens mostram o chão coberto pela lama trazida pela água e diversos itens pelo chão, carregados com a força vinda da enchente. Além de seu apartamento, toda a escadaria do prédio também ficou coberta pela sujeira e por e objetos pessoais de moradores.
Veja fotos:
Para os que ficaram desabrigados por conta da interdição do prédio, a Prefeitura do Rio ofereceu a possibilidade do Aluguel Social, no valor de R$ 400, enquanto a Direcional Construtora, responsável pelo empreendimento, ofereceu a hospedagem em um hotel. Porém, nada foi dito sobre os bens materiais perdidos no acidente.
Além disso, tanto os inquilinos do bloco 8, como os dos prédios próximos ao local do acidente, receberam cobertores e uma cesta básica. Esse foi o caso de Débora Cristina, de 39 anos, que apesar de não ter a casa afetada, está buscando os direitos de seu irmão cadeirante e sua mãe, que já é idosa. Os dois moram juntos em um apartamento no bloco 7 e tiveram a casa alagada com o incidente.
De acordo com ela, o local mais atingido foi o quarto de seu irmão, que acabou perdendo tudo, mas como o prédio não diretamente atingido, não teve direito a outros auxílios e, apesar de terem sido procurados pela construtora no dia do ocorrido, eles não retornaram seus questionamentos e não voltaram a falar com moradores.
"Ninguém veio procurar. Até então ele está sem a cadeira a fralda, tivemos que jogar fora, arrumar dinheiro, se virar pra poder comprar fralda. né? As assistentes sociais, deram uma cesta básica e o colchão, mas como que ele vai deitar no chão se ele é cadeirante? Ainda falaram que bens materiais não tinha o que fazer, como eu tinha dito, a minha mãe está desempregada, só ele que recebe aposentadoria", e continuou, falando que buscou ajuda por mais de uma vez, mas sem sucesso.
"Vem várias pessoas aqui, eu falo com elas, pergunto o que que vão fazer e a resposta que eu levei é que como foram bens materiais, não poderiam fazer nada, mas pra quem não tem condições faz muita diferença. A gente limpou o quarto dele e teve que jogar tudo fora, agora o quarto está vazio, só tem a sapateira", desabafou.
Segundo seu relato, todo o condomínio ainda está sem água, sendo abastecido somente por três caixas d'água de mil litros, onde os moradores precisam ir buscar o suprimento com auxilio de baldes. "Eles estão enchendo três caixas d'água, dessas caixas que botam em casa, de mil litros, aí a gente tem que ficar descendo pra pegar no balde, na panela, no que der", explicou.
Marcelia Calheiros, de 45 anos, morava no apartamento 403 do bloco 8, com seu marido e filho, e conta que além da cesta básica, só recebeu um cheque no valor de R$ 400 para pagar o aluguel deste mês, mas que não foi informada sobre como será feito o pagamento do mês de julho, nem se será ressarcida pelos bens que perdeu.
"Tive que me mudar, arranjar um lugar correndo. No dia do acidente, eles ficaram anotando o que o que nós perdemos, com a ajuda da perícia, mas eu não sei o que que vai ser feito. E no dia que a gente foi buscar as coisas, eles deram uma cesta básica por família, um colchonete por cada pessoa e um cobertor pequenininho. A prefeitura deu um cheque referente a esse mês e disseram que ainda irão fazer dos meses que ainda estivermos fora do apartamento" contou.
Em sua casa, imagens mostram o chão coberto pela lama trazida pela água e diversos itens pelo chão, carregados com a força vinda da enchente. Além de seu apartamento, toda a escadaria do prédio também ficou coberta pela sujeira e por e objetos pessoais de moradores.
Veja fotos:
A Direcional Construtora foi procurada e informou que independentemente das responsabilidades de manutenção envolvendo o condomínio em questão, entregue há cerca de oito anos e com carência encerrada em 2019, a companhia se comprometeu em fazer os reparos nas moradias atingidas.
Todos os imóveis que foram danificados já foram levantados e vistoriados pela empresa junto às autoridades do Rio, como também catalogados os seus respectivos bens materiais. A companhia também catalogou e registrou, junto aos proprietários e às autoridades, os danos aos carros atingidos no estacionamento e já os está levando para reparos em oficina.
Segundo a empresa, neste momento, os técnicos estão fazendo as análises necessárias para definir o cronograma da obra. Os ressarcimentos também seguirão procedimentos específicos e serão atendidos conforme necessidade de cada família.
A Prefeitura do Rio, responsável pelo Aluguel Social, afirmou que as 16 famílias que optaram por receber o Auxílio Habitacional Temporário (AHT) receberam os cheques no mesmo dia em que ocorreu o acidente. Disse também que duas famílias que optaram pela estadia em um hotel de Itaguaí, com deslocamento, café da manhã, almoço e janta garantidos pela construtora também foram levadas na quarta-feira (15) do acidente.
Por fim, ressaltou que a equipe da Secretaria Municipal de Habitação está acompanhando a remoção dos pertences das 18 famílias e finalizando os cadastros, vendo o que cada um perdeu e notificando as perdas e os objetos recuperados.
Relembre o caso
Na última quarta-feira (15), uma caixa d'água caiu em cima de um dos prédios do Condomínio Leme II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, deixando duas mulheres feridas e dezenas de pessoas desabrigadas.
A torre ficava localizada em cima de uma casa de manutenção e acabou cedendo. Ao desabar, arrancou as paredes laterais do apartamento do último andar. O edifício possui cinco andares. Ainda não há informações sobre a perícia realizada no edifício.
Relembre o caso
Na última quarta-feira (15), uma caixa d'água caiu em cima de um dos prédios do Condomínio Leme II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, deixando duas mulheres feridas e dezenas de pessoas desabrigadas.
A torre ficava localizada em cima de uma casa de manutenção e acabou cedendo. Ao desabar, arrancou as paredes laterais do apartamento do último andar. O edifício possui cinco andares. Ainda não há informações sobre a perícia realizada no edifício.
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