Reservatório de água no chão e parede de prédio danificada após acidenteCléber Mendes/Agência O Dia
De acordo com o órgão, técnicos da Defesa Civil e agentes da Guarda Municipal permanecerão no local para garantir a segurança do imóvel. O prédio é constituído por 20 apartamentos. Ainda não há informações sobre risco de desabamento.
Em entrevista ao 'RJTV', da TV Globo, o prefeito Eduardo Paes prometeu assistência a todos os moradores que foram prejudicados pelo acidente e interdição do bloco.
"A gente já vai ver as famílias que moram nesse prédio aqui, para acolhê-los enquanto não se faz nenhuma intervenção no prédio. Eu já acionei pessoalmente a construtora que fez esse prédio, a responsabilidade é deles, se eles não assumirem essa responsabilidade, a prefeitura vai agir, mas eles vão ter que assumir sua responsabilidade. Até porque uma é empresa séria, até que me prove o contrário, e que faz muita coisa aqui no Rio. Então a gente espera que eles assumam a responsabilidade deles, recuperem isso de maneira adequada", disse.
Segundo a Subprefeitura da Zona Oeste, 18 famílias moram no prédio, localizado na Estrada Aterro do Leme, no bairro Jesuítas. Ao todo, 58 pessoas ficaram desabrigadas com o incidente e serão assistidas pela Prefeitura com o aluguel social até que o local seja recuperado. Ainda segundo a Subprefeitura, a construtora Direcional, responsável pelo condomínio, foi acionada e fará os reparos necessários, tanto na caixa d'água, quanto no bloco atingido.
O síndico do prédio, Ilmo Pereira, também em entrevista ao 'RJTV', afirmou que a manutenção do reservatório estava em dia e o acidente ocorreu devido ao peso do objeto. "Não estava danificado, na verdade, ele não cedeu. Como tem dois compartimentos e água não vai para cima, a parte de cima é mais pesada, a parte de cima quebrou, dobrou no meio e veio cair por que dobrou no meio. A questão foi essa, não dano na caixa, nem nada disso, foi o excesso de peso".
"Precisa primeiro ser feita a perícia para se analisar a reais consequências que levaram a esse colapso. Se é um erro de projeto, se é um erro de execução ou se foi um erro de manutenção ou alguma intervenção posterior realiza pelos moradores locais. Então é muito importante primeiro se entender o que levou a este colapso. Em segundo momento, é importante que os órgãos de fiscalização, como Conselho Profissional de Engenharia, façam a sua atuação de identificar quem são as pessoas técnicas por essa obra. E acionar quais foram as outras obras que eles realizaram de infraestrutura semelhante. Porque se se for um erro de projeto ou se for um erro de execução, levantado pela perícia, isso pode ser sim um problema sistêmico qui se repete em outras obras".
A Caixa Econômica Federal, responsável pelo empreendimento, informou que o Residencial Aterrado do Leme II, contratado no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, foi construído e entregue pela Direcional Engenharia, em fevereiro de 2014. O banco também disse que acionou a construtora para adotar as medidas emergenciais necessárias, bem como enviou equipe técnica própria para verificação e acompanhamento da situação.
De acordo com a Direcional Construtora, responsável pela construção do prédio, assim que foram informados da situação com a queda de um equipamento sobre uma edificação construída pela empresa, a companhia enviou equipes ao local. A empresa também destacou que independentemente das responsabilidades de manutenção envolvendo o empreendimento, entregue há cerca de oito anos e com carência encerrada em 2019, está prestando assistência aos moradores e realizando avaliações técnicas sobre o prédio atingido. A caixa d'água, fabricada por empresa terceira, passará por perícia técnica e a causa do problema está sendo investigada.
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