Publicado 27/06/2022 11:57 | Atualizado 27/06/2022 14:16
Rio - Dois dos filhos do segurança Jorge Antunes, de 49 anos, morto no último sábado (25), durante um assalto no VillageMall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que também atuam em shoppings, não pretendem voltar a trabalhar na área. Segundo a sobrinha, Kênia Cristina Antunes, a família quer evitar que eles corram o mesmo risco do pai, que trabalhava desarmado no estabelecimento, mas era obrigado a abordar suspeitos, ao ser alertado pelo rádio.
"Eles (os filhos) não vão mais fazer isso, é muito arriscado. A família está bem desestruturada. Minha tia está há 24 horas sem dormir, sem comer, sem nada, ninguém deu um apoio aqui. A gente que está apoiando a minha família, a família é muito unida. A gente que tem feito alguma coisa", declarou Kênia.
O velório de Jorge começou às 9h desta segunda-feira (27) e o sepultamento ocorreu às 13h, no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a sobrinha, as despesas com o enterro foram pagas pelos responsáveis por indicá-lo para a função. Kênia disse ainda que o shopping procurou a família na tarde deste domingo (6), mas nenhuma assistência foi oferecida ainda.
De acordo com Kênia, o cunhado do homem, Anderson Silva Medeiros, também chegou a ser segurança no VillageMall, mas, por conta da insegurança das condições de trabalho, não voltou mais. A sobrinha relata que ele e a esposa de Jorge vinham alertando sobre o risco de continuar no local, mas por conta da necessidade, ele permanecia. Morador de Nova Iguaçu, ele receberia R$ 180 pelo dia trabalhado, mas não contava com vale-transporte e nem auxílio para se alimentar. A vítima estava há mais de cinco anos desempregada.
"É totalmente inseguro. Ele (Anderson) não voltou mais e alertou para ele (Jorge) que era muito perigoso. Meu tio desabafava, minha tia alertava ele, mas ele precisava trazer o sustento da família dele. Ele estava desempregado há mais de cinco anos, sem carteira assinada. Ele colocou a vida em risco para trazer o sustento da família (...) Era um trabalho irregular. Não tinha carteira assinada, não tinha nada. Um shopping daquela estrutura poderia fazer alguma coisa. Ele tirava a passagem do bolso dele, ficava 12 horas lá para ganhar R$ 180, com nenhum benefício a mais".
O segurança deixou de ir à festa de aniversário do neto para trabalhar. A família, que estava a caminho da celebração, recebeu a ligação de uma prima dizendo que tinha acontecido algo grave com o tio delas. Um segurança do shopping foi até a residência dos parentes de Antunes e informou que ele havia sido baleado e morto durante o assalto a uma joalheria do VillageMall. Jorge deixa esposa, dois filhos e quatro netos. O Disque Denúncia divulgou um cartaz oferecendo R$ 50 mil por informações que ajudem na identificação e prisão dos suspeitos envolvidos no crime. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
"Eles (os filhos) não vão mais fazer isso, é muito arriscado. A família está bem desestruturada. Minha tia está há 24 horas sem dormir, sem comer, sem nada, ninguém deu um apoio aqui. A gente que está apoiando a minha família, a família é muito unida. A gente que tem feito alguma coisa", declarou Kênia.
O velório de Jorge começou às 9h desta segunda-feira (27) e o sepultamento ocorreu às 13h, no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a sobrinha, as despesas com o enterro foram pagas pelos responsáveis por indicá-lo para a função. Kênia disse ainda que o shopping procurou a família na tarde deste domingo (6), mas nenhuma assistência foi oferecida ainda.
De acordo com Kênia, o cunhado do homem, Anderson Silva Medeiros, também chegou a ser segurança no VillageMall, mas, por conta da insegurança das condições de trabalho, não voltou mais. A sobrinha relata que ele e a esposa de Jorge vinham alertando sobre o risco de continuar no local, mas por conta da necessidade, ele permanecia. Morador de Nova Iguaçu, ele receberia R$ 180 pelo dia trabalhado, mas não contava com vale-transporte e nem auxílio para se alimentar. A vítima estava há mais de cinco anos desempregada.
"É totalmente inseguro. Ele (Anderson) não voltou mais e alertou para ele (Jorge) que era muito perigoso. Meu tio desabafava, minha tia alertava ele, mas ele precisava trazer o sustento da família dele. Ele estava desempregado há mais de cinco anos, sem carteira assinada. Ele colocou a vida em risco para trazer o sustento da família (...) Era um trabalho irregular. Não tinha carteira assinada, não tinha nada. Um shopping daquela estrutura poderia fazer alguma coisa. Ele tirava a passagem do bolso dele, ficava 12 horas lá para ganhar R$ 180, com nenhum benefício a mais".
O segurança deixou de ir à festa de aniversário do neto para trabalhar. A família, que estava a caminho da celebração, recebeu a ligação de uma prima dizendo que tinha acontecido algo grave com o tio delas. Um segurança do shopping foi até a residência dos parentes de Antunes e informou que ele havia sido baleado e morto durante o assalto a uma joalheria do VillageMall. Jorge deixa esposa, dois filhos e quatro netos. O Disque Denúncia divulgou um cartaz oferecendo R$ 50 mil por informações que ajudem na identificação e prisão dos suspeitos envolvidos no crime. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
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