Publicado 12/08/2022 17:15 | Atualizado 12/08/2022 17:31
Rio - O Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) manteve a prisão temporária da filha da idosa, vítima de um golpe milionário, e das falsas videntes Rosa Stanesco Nicolau e Jacqueline Stanescos Gouveia, na tarde desta sexta-feira (12). Elas são investigadas de participação no golpe aplicado em uma idosa de 82 anos, na Zona Sul do Rio. A Justiça também manteve a prisão do filho de Rosa, Gabriel Nicolau. A Polícia Civil afirma que as mulheres roubaram cerca de R$ 725 milhões entre obras de artes, joias e dinheiro da vítima.
Nas decisões, os juízes Rachel Assad Cunha, Ariadne Villela Lopes, Mariana Tavares Shu e Pedro Ivo Martins Caruso D'Ippolito consideraram que as prisões temporárias dos presos, expedidas pela 23ª Vara Criminal da Comarca da Capital, estão regulares.
Na quinta-feira (11), todos os presos na operação Sol Poente foram levados para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Antes de ingressarem no sistema penitenciário, a filha da idosa, as videntes e o filho de uma das videntes, foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio.
A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) identificou os seguintes nomes como integrantes da organização criminosa: Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic; Jacqueline Stanescos; Rosa Stanesco Nicolau; Slavko Vuletic; e Gabriel Nicolau Traslaviña Hafliger. A reportagem não irá divulgar o nome da filha para preservar a idosa.
Entre eles, dois ainda são procurados. Diana, uma das falsas videntes, foi a primeira pessoa a abordar a viúva no golpe. Ela se apresentou como vidente e disse que a filha da vítima teria um "mal incurável". Foi ela quem iniciou o golpe orquestrado para extorquir a idosa. O segundo procurado é Slavko Vuletic, identificado como pai de Diana e padrasto da Rosa. Ele teria recebido em sua conta a quantia de R$ 5 milhões da vítima. O pagamento foi feito em uma dessas chantagens psicológicas praticadas contra a viúva.
Vidente nega participação
A mãe de santo Jacqueline Stanescos disse em depoimento à polícia que não ofereceu consulta à idosa e não tem contato com as outras videntes, suas primas, há cerca de 15 anos. Questionada sobre o seu trabalho, a mulher explicou que é mãe de santo e cartomante e realiza atendimentos em sua residência e em um terreiro localizado no município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.
A vidente também disse que brigou com suas primas, Rosa Stanesco Nicolau e Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, e não fala com elas desde então. Sobre o ter levado a idosa para uma consulta espiritual no Leme, Zona Sul do Rio, e que teria supostamente dito a ela que sua filha iria morrer, Jacqueline disse que jamais conheceu a viúva. Ela reforçou ainda que, como cartomante, possui um "assentamento", um tipo de autorização em ritual, para atender seus clientes.
A vidente também disse que brigou com suas primas, Rosa Stanesco Nicolau e Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, e não fala com elas desde então. Sobre o ter levado a idosa para uma consulta espiritual no Leme, Zona Sul do Rio, e que teria supostamente dito a ela que sua filha iria morrer, Jacqueline disse que jamais conheceu a viúva. Ela reforçou ainda que, como cartomante, possui um "assentamento", um tipo de autorização em ritual, para atender seus clientes.
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