Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, em foto de 2002Vanessa Ataliba/Agência O Dia
Publicado 15/08/2022 14:39
Rio - O homem que matou um cachorro em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, contou em depoimento, nesta segunda-feira (15), que atirou para se defender do animal, que teria avançado nele. Leonardo da Silva Martins, de 37 anos, foi ouvido na 34ª DP (Bangu) e liberado no início da tarde. Nesta semana, moradores da Rua Francisco Leal, onde o crime aconteceu, na última sexta-feira (12), também são esperados para oitiva nesta semana.

"O autor esteve aqui na delegacia, na data de hoje, para prestar declarações, e sustentou que agiu em estado de necessidade. Disse que só atirou no cachorro para se defender, uma vez que o cachorro avançou nele. Com medo de ter sua integridade física violada, ele precisou matar o animal", relatou o delegado titular da distrital, Bruno Gilaberte.

Ainda segundo o delegado, o homem utilizou um revólver calibre 38 que alegou ter encontrado na comunidade onde mora e guardado para se proteger. Os agentes realizam buscas para localizar a arma. Informações preliminares apontaram que Leonardo era segurança na região onde o caso aconteceu, mas ele negou. Ao fim do inquérito, o atirador deve ser indiciado por porte ilegal de arma, além de pela morte do cão. Ele não tem anotações criminais. 

A ação foi registrada por câmeras de segurança. As imagens mostram Leonardo mexendo em uma motocicleta estacionada na calçada da rua e o cachorro se aproxima, abanando o rabo. Em seguida, o homem tenta afastá-lo fazendo gestos com a mão e o assusta. Depois, o animal avança na direção do dele, que recua, saca a arma e atira. Outro cão que se aproximava fugiu no momento em que ouviu o disparo.
O atirador fugiu a pé, abandonando o veículo. Através da placa do automotor, os agentes da 34ª DP chegaram ao primeiro dono, que apontou que havia sido comprada por Leonardo em 2019. A moto não foi apreendida por não tem pendências ou restrições. Ainda de acordo com Gilaberte, o animal era alimentado pelos moradores da rua mas, aparentemente, não tinha um tutor.
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