Publicado 18/08/2022 11:24
Rio - Contradição no nível de fluxo urinário foi um dos motivos que levou o médico Bruno Nogueira Teixeira ao indiciamento por fraude processual. O profissional teria solicitado a transferência do influencer Bruno Krupp, que atropelou e matou um jovem de 16 anos, para uma UTI de hospital particular alegando que o mesmo passou 24 horas sem urinar direito, de acordo com inquérito da Polícia Civil.
Bruno afirmou que o paciente teve 200ml de fluxo urinário em 24 horas, o que é considerado uma taxa abaixo do normal, sendo o principal motivo para sua transferência à UTI. No entanto, ao depor na delegacia, ele declarou que os 200ml teriam ocorrido em torno de 8h a 10h. A equipe médica do Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio, informou, através de depoimento à polícia, que esse valor de 200ml sequer foi registrado ou mencionado e o influencer estava com quadro urinário estável e suficiente, registrando 800 ml em 12 horas, o que é parâmetro normal, sem indicação de complicação.
Profissionais do hospital Marcos Moraes foram ouvidos pelo delegado Aloysio Falcão, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pela investigação, para apurar como realmente estava o quadro de saúde do influencer. Em depoimento, um enfermeiro informou que Krupp estava bem, apenas com algumas lesões do acidente automobilístico. Ele também contou que o modelo era rude, grosseiro e agressivo com os profissionais de saúde que o atendiam. Em relato à polícia, ele disse que "Bruno Krupp, em todo momento, se mostrou rude e arrogante, dando ordens para os profissionais e exigindo exclusividade no tratamento. Que em todo momento Bruno foi atendido por dois profissionais, que se auxiliavam e se resguardavam, caso Bruno fizesse algum tipo de reclamação, visto que o comportamento do paciente era de muita agressividade.".
No mesmo dia em que o médico Bruno Nogueira teve o primeiro contato com Krupp, 04/08, relatando que ele estava com dificuldades de urinar, o modelo chegou a falar para técnica de enfermagem que "só consegue fazer com alguém balançando sua genitália".
O médico assistente também alegou, em depoimento, que o modelo estava com dificuldade progressiva para urinar nos primeiros dois dias internado, do dia quatro de agosto ao dia seis de agosto. Entretanto, em parecer da médica Nefrologista do hospital, o fluxo urinário de Krupp estava espontâneo e em quantidade suficiente.
A especialista informou que Bruno Krupp estava bem e com suas taxas normais. Ela declarou, através de depoimento, que examinou o modelo em seu leito e que ele estava acordado, lúcido, cooperativo, respirando em ar ambiente e pressão arterial estável. Também afirmou que o influencer teve uma rabdomiólise leve com baixa probabilidade de evolução para insuficiência renal aguda e sem indicação de hemodiálise. Ela contou que foi apresentada para Bruno Teixeira, que não questionou o parecer dela. Ela optou por dar alta da nefrologia para Krupp, por se tratar de paciente jovem, sem comorbidades maiores, com rabdomiólise leve com boa evolução clínica e laboratorial.
Em depoimento na delegacia, o médico disse que tomou a decisão porque o quadro clínico do paciente "estava se encaminhando para uma insuficiência renal" sendo necessário o encaminhamento para uma UTI e postergando a transferência de Krupp para uma unidade prisional.
Bruno Teixeira afirmou que foi contratado para cuidar do modelo e não conhecia a família de Bruno Krupp antes do acidente, que terminou com a morte do adolescente João Gabriel.
Bruno afirmou que o paciente teve 200ml de fluxo urinário em 24 horas, o que é considerado uma taxa abaixo do normal, sendo o principal motivo para sua transferência à UTI. No entanto, ao depor na delegacia, ele declarou que os 200ml teriam ocorrido em torno de 8h a 10h. A equipe médica do Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio, informou, através de depoimento à polícia, que esse valor de 200ml sequer foi registrado ou mencionado e o influencer estava com quadro urinário estável e suficiente, registrando 800 ml em 12 horas, o que é parâmetro normal, sem indicação de complicação.
Profissionais do hospital Marcos Moraes foram ouvidos pelo delegado Aloysio Falcão, da 16ª DP (Barra da Tijuca), responsável pela investigação, para apurar como realmente estava o quadro de saúde do influencer. Em depoimento, um enfermeiro informou que Krupp estava bem, apenas com algumas lesões do acidente automobilístico. Ele também contou que o modelo era rude, grosseiro e agressivo com os profissionais de saúde que o atendiam. Em relato à polícia, ele disse que "Bruno Krupp, em todo momento, se mostrou rude e arrogante, dando ordens para os profissionais e exigindo exclusividade no tratamento. Que em todo momento Bruno foi atendido por dois profissionais, que se auxiliavam e se resguardavam, caso Bruno fizesse algum tipo de reclamação, visto que o comportamento do paciente era de muita agressividade.".
No mesmo dia em que o médico Bruno Nogueira teve o primeiro contato com Krupp, 04/08, relatando que ele estava com dificuldades de urinar, o modelo chegou a falar para técnica de enfermagem que "só consegue fazer com alguém balançando sua genitália".
O médico assistente também alegou, em depoimento, que o modelo estava com dificuldade progressiva para urinar nos primeiros dois dias internado, do dia quatro de agosto ao dia seis de agosto. Entretanto, em parecer da médica Nefrologista do hospital, o fluxo urinário de Krupp estava espontâneo e em quantidade suficiente.
A especialista informou que Bruno Krupp estava bem e com suas taxas normais. Ela declarou, através de depoimento, que examinou o modelo em seu leito e que ele estava acordado, lúcido, cooperativo, respirando em ar ambiente e pressão arterial estável. Também afirmou que o influencer teve uma rabdomiólise leve com baixa probabilidade de evolução para insuficiência renal aguda e sem indicação de hemodiálise. Ela contou que foi apresentada para Bruno Teixeira, que não questionou o parecer dela. Ela optou por dar alta da nefrologia para Krupp, por se tratar de paciente jovem, sem comorbidades maiores, com rabdomiólise leve com boa evolução clínica e laboratorial.
Em depoimento na delegacia, o médico disse que tomou a decisão porque o quadro clínico do paciente "estava se encaminhando para uma insuficiência renal" sendo necessário o encaminhamento para uma UTI e postergando a transferência de Krupp para uma unidade prisional.
Bruno Teixeira afirmou que foi contratado para cuidar do modelo e não conhecia a família de Bruno Krupp antes do acidente, que terminou com a morte do adolescente João Gabriel.
Relembre o caso
O influenciador Bruno Krupp é acusado de homicídio doloso pela morte do adolescente em acidente, na Barra da Tijuca, em julho.
A vítima atravessava a Avenida Lúcio Costa com a mãe, quando foi atingida por Krupp que pilotava moto, segundo testemunhas, acima da velocidade permitida para a via. Ele estava a mais de 150 km/h, mas o limite da via é de 60 km/h. Acidente foi registrado por vídeo de câmera de segurança em prédio.
O adolescente chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu horas depois, na madrugada de domingo (31).
A vítima atravessava a Avenida Lúcio Costa com a mãe, quando foi atingida por Krupp que pilotava moto, segundo testemunhas, acima da velocidade permitida para a via. Ele estava a mais de 150 km/h, mas o limite da via é de 60 km/h. Acidente foi registrado por vídeo de câmera de segurança em prédio.
O adolescente chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu horas depois, na madrugada de domingo (31).
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