Matheus, Douglas, Adriel e Jhonatan eram amigos de infância e foram levados por criminosos encapuzados quando embarcavam em carro de app Reprodução/Redes Sociais
Publicado 23/08/2022 06:51 | Atualizado 23/08/2022 10:13
Rio - A Polícia Civil encontrou, na tarde desta segunda-feira (22), um corpo no Rio Capenga, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que pode ser de um dos quatro jovens que desapareceram no último dia 12. Matheus Costa da Silva, de 21 anos, Douglas de Paula Pampolha dos Santos, 22, Adriel Andrade Bastos, 24, e Jhonatan Alef Gomes Francisco, 28, foram vistos pela última vez na altura do bairro Valverde, no mesmo município, quando o carro de aplicativo em que estavam foi interceptado por bandidos que os sequestraram. 
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizava diligências pela Travessa São Raimundo, no bairro KM 32, em busca dos desaparecidos, quando por volta das 16h, localizaram um corpo dentro do rio. O Corpo de Bombeiros esteve no local e retirou a vítima da água. Em seguida, equipes da especializada também foram acionadas para a região. 
Os familiares de Matheus, Douglas, Adriel e Jhonatan foram comunicados e devem comparecer na manhã desta terça-feira (23) no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu. Ainda não se sabe se há condições de reconhecimento do corpo, mas os parentes serão encaminhados para colher material para confronto de DNA. 
"Nós ficamos apreensivos e infelizmente vai ser assim toda vez. Tem sido difícil", disse o irmão de Jhonatan, Adilson Gomes Francisco. "Estou destruída. Meu Deus, só queria o meu filho de volta. Não aguento mais essa dor. Sinta dor, muito desespero, muita agonia", lamentou a mãe de Matheus, Ana Maria Costa. "Estou apavorada, no mesmo tempo querendo que seja um deles e o outro não. Está sendo muito doloroso tudo isso", desabafou a tia de Douglas, Elisângela da Silva. 
A DHBF segue investigando a motivo que levou ao sequestro e possível execução dos quatro rapazes. Uma das linhas de investigação indica que o uso e venda de drogas nos locais dominados pela milícia de Danilo Dias Lima, o Tandera, pode ter sido a causa da emboscada. O irmão de um dos desaparecidos, que preferiu não se identificar, informou ao DIA que já havia recebido uma mensagem anônima sobre essa suposta motivação.
O homem confirmou que o irmão faz uso de cigarro, bebida alcoólica e maconha, mas que não traficava. Após a morte de dois milicianos no último sábado (20), entre eles o irmão de Tandera, Delson de Lima Neto, mais conhecido como Delsinho, e Renato Alves de Santana, o Fofo, durante uma ação da Polícia Civil, os investigadores relacionaram a dupla com a autoria do crime.
 
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