Publicado 20/09/2022 16:39 | Atualizado 20/09/2022 18:35
Rio – O corpo do ciclista Danilo Rocha Rangel, de 63 anos, foi cremado nesta terça-feira (20), no Cemitério do Caju, na Zona Portuária. Danilo morreu após ser atropelado por um ônibus executivo da empresa Viação Útil, na orla do Leblon, na manhã desta segunda-feira (19).
A cerimônia de cremação foi restrita a amigos e familiares, e contou com a presença de aproximadamente 50 pessoas. Os parentes não quiseram falar com a imprensa.
Danilo era um dos sócios do parque de diversões Terra Encantada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que encerrou suas atividades em junho de 2010.
Câmeras de segurança instaladas na rua registraram o acidente. As imagens mostram Danilo pedalando pela ciclovia da praia do Leblon com acessórios de segurança e bicicleta profissional, quando o braço de um pedestre o fez perder o equilíbrio. O ciclista não conseguiu sair da bicicleta, pois o pé estava preso no pedal por um suporte próprio do equipamento. Ele caiu no asfalto e foi atingido pelo ônibus, fretado por um condomínio da Barra da Tijuca para levar moradores até a Zona Sul.
À delegada da 14ª DP (Leblon) Daniela Terra, responsável pelo caso, o motorista afirmou que não sentiu nenhum impacto durante o trajeto, por isso não sabia que havia atropelado uma pessoa. Ainda segundo os seus relatos, o ônibus executivo que dirigia é muito alto e tem amortecedores especiais, que fizeram com que o impacto não fosse notado, fato que foi confirmado em laudo inicial feito no local pela perícia da Polícia Civil. No momento do acidente, nenhum passageiro avisou ao motorista sobre o ocorrido.
Segundo a delegada, a investigação segue sem mudanças. A magistrada afirmou ainda que tudo indica que o motorista de fato não tinha conhecimento que havia atropelado uma pessoa, pois não há avaria no veículo.
Em nota, a assessoria de imprensa da empresa de ônibus Viação Útil afirmou: "Lamentamos profundamente pelo falecimento do idoso e prestaremos total solidariedade à sua família. Reiteramos que, no momento que que o ciclista se desequilibra e cai na pista (desviando de um pedestre na ciclovia), vai ao encontro, em questão de segundos, ao eixo do meio do ônibus, ou seja, entre a dianteira, onde fica a cabine do motorista e a parte traseira, sem chance qualquer de percepção e reação por nosso motorista e até mesmo dos passageiros que estavam sendo transportados. Estamos prestando apoio psicológico ao motorista, que ficou bastante abalado, e estamos auxiliando as autoridades para a conclusão do caso".
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