Simone, filha do aposentado José Simão, é atriz e vive na EspanhaReprodução do Instagram
Publicado 29/10/2022 12:57
Rio - Uma das filhas do idoso aposentado José Simão, de 82 anos, que morreu após ser arrastado pelo metrô, fez um apelo, nesta sexta-feira (28), para que as autoridades cobrem melhorias na segurança do transporte. Segundo Simone Simão, o pai era ativo e costumava usar muito o modal por achar a opção mais segura, mas acabou sendo vítima. A família realiza neste sábado a missa de 7º dia do idoso, que morreu no último fim de semana: "Segurança para o usuário não é favor, é obrigação", disse. 
"Morreu no último sábado, dia 22 de outubro, de 2022, numa tragédia no metrô do Rio de Janeiro, na estação Uruguaiana. O meu pai tinha 82 anos de idade, era um homem extremamente independente e ativo, havia acabado de renovar sua carteira de motorista e não tinha nenhuma enfermidade. Ele considerava o metrô, um dos meios de transportes mais seguros que existia, e fazia esse percurso constantemente. No último sábado, o meu pai ficou preso na porta do metrô do Rio de Janeiro, na estação Uruguaiana", disse Simone, em publicação no Instagram.
Na postagem, ela comentou que o metrô não abriu a porta e arrastou o pai até que ele morresse. Segundo ela, é necessário que as regras de segurança sejam revistas. "Venho aqui hoje fazer um apelo aos amigos e amigas meus, da minha família e de toda população para que juntos possamos mobilizar as autoridades e os órgãos competentes, para que tomem providências e para que a morte do meu pai não seja um número. Segurança nos meios de transporte, não é um favor. Segurança para os usuários do metrô, não é um favor, é obrigação", comentou. 
José foi enterrado, no último domingo (23). A família disse que vai processar o Metrô Rio pelo ocorrido com o patriarca da família. Em entrevista ao DIA, outro filho do aposentado, o engenheiro Newton Brito, reforçou que a empresa não prestou auxílio à família após o ocorrido. Segundo ele, o Metrô Rio não teria nem comunicado sobre o acidente. Newton soube do fato depois de um telefonema feito por um agente da 4ª DP (Praça da República).
"A empresa queria saber se tinha alguma forma de assistência. O Metrô já tinha que saber o que fazer e não perguntar o que tem que ser feito", lamentou.
Investigação
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a morte do idoso. Uma perícia já foi feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e testemunhas estão sendo ouvidas para esclarecer o fato. Primeiramente, o caso foi registrado na 4ª DP (Praça da República). Agora está sob responsabilidade da 1ª DP (Praça Mauá).
EM nota, o MetrôRio informou que está à disposição da família para prestar toda a assistência necessária e vem buscando contato desde o fim de semana.
 
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