Publicado 31/10/2022 19:21 | Atualizado 31/10/2022 20:23
Rio – A fumaça que impregnou os largos corredores do Centro Estadual de Abastecimento do Rio (Ceasa), em Irajá, na Zona Norte, era só uma das evidências que denunciavam o segundo incêndio que atingiu o local, nesta segunda-feira (30). As outras eram os rostos tristes e abalados de lojistas que viram o fogo consumir seu sustento e local de trabalho.
"Esse é o terceiro incêndio [que atingiu a loja], mas esse foi um dos piores. Eles tinham preparado a loja toda para o Natal, então tinham comprado muita mercadoria. Aqui é o estoque de mais de três lojas", explicou Jackson dos Santos, irmão de Felipe Bastos, dono da loja Bastos, um dos cinco estabelecimentos atingidos pelo incêndio. A loja trabalhava com vendas, mas também era ponto de estoque.
Mesmo com seguro, Jackson explicou a situação de seu irmão, que estava abalado demais para falar. "Até reconstruir, para conseguir vender tudo... É um prazo que demora. É difícil para pagar os fornecedores", disse.
"Esse é o terceiro incêndio [que atingiu a loja], mas esse foi um dos piores. Eles tinham preparado a loja toda para o Natal, então tinham comprado muita mercadoria. Aqui é o estoque de mais de três lojas", explicou Jackson dos Santos, irmão de Felipe Bastos, dono da loja Bastos, um dos cinco estabelecimentos atingidos pelo incêndio. A loja trabalhava com vendas, mas também era ponto de estoque.
Mesmo com seguro, Jackson explicou a situação de seu irmão, que estava abalado demais para falar. "Até reconstruir, para conseguir vender tudo... É um prazo que demora. É difícil para pagar os fornecedores", disse.
Em um certo momento, um dos homens que ajudavam a limpar a loja passou mal com a fumaça e caiu no chão, desmaiado. Um bombeiro que estava próximo socorreu a vítima com o auxílio de pessoas ao redor, incluindo donos do estabelecimento. Ele foi colocado em uma maca e levado pela equipe de bombeiros que atuava no local.
Além da loja Bastos, o fogo também atingiu a loja São Miguel Arcanjo e uma lotérica, que segundo a assessoria do Ceasa, teve perda total. Os outros dois estabelecimentos são depósitos de materiais descartáveis.
À tarde, a chuva foi saudada pelos lojistas e pessoas que ajudavam na remoção de materiais que puderam ser salvos. Abrigados em um estabelecimento, eles cantaram pelo tempo, que naquele momento atuava a favor deles.
À tarde, a chuva foi saudada pelos lojistas e pessoas que ajudavam na remoção de materiais que puderam ser salvos. Abrigados em um estabelecimento, eles cantaram pelo tempo, que naquele momento atuava a favor deles.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 09h45 e cerca de 16 quartéis, que reuniu 60 militares, atuaram no local durante mais ou menos seis horas. Foram empregados, aproximadamente, 380 mil litros de água até o início da noite. Não houve vítimas.
No domingo (30), outro incêndio atingiu o Ceasa. Ele aconteceu na serralheria, embora não tenha afetado as estruturas do local, e em três depósitos de produtos descartáveis. Apesar dos eventos em sequência, o Corpo de Bombeiros não viu relação entre eles.
Além dos bombeiros, a Polícia Civil e Militar estiveram presentes. Ocorreram saques pela manhã e, por isso, agentes do 41ºBPM (Irajá) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) foram deslocados para reforçar o policiamento no perímetro.
Já as investigações do incêndio estão a cargo da 27ª DP (Vicente de Carvalho). Foi instaurado um inquérito para apurar as circunstâncias do incêndio e a perícia será realizada no local assim que as chamas forem controladas.
* Reportagem de Anna Clara Sancho. Colaborou a estagiária Beatriz Coutinho, sob supervisão de Thiago Antunes
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