William Oliveira se entregou à políciaDivulgação
Publicado 16/11/2022 19:16

Publicidade
Rio - A Justiça do Rio condenou os pintores Jhonatan Correia Damasceno e William Oliveira Fonseca a 76 anos, dois meses e 20 dias de prisão pelos assassinatos de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e da sua diarista Alice Fernandes de Silva, de 51. Em junho deste ano, elas foram degoladas dentro do apartamento da idosa, na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, que ainda foi incendiado pelos criminosos.
Na sentença, o juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal, destacou a manutenção da prisão dos condenados, a extrema violência e crueldade do crime.

“Os condenados foram presos preventivamente, sendo certo que suas custódias cautelares hão de ser mantidas em virtude de se encontrarem presentes dois dos requisitos, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, que autorizam a decretação da prisão preventiva, quais sejam, a garantia da ordem pública e o asseguramento da aplicação da lei penal. Afinal, um dos delitos perpetrados pelos condenados foi o de latrocínio, que é um crime hediondo, o que evidencia a periculosidade dos condenados - esta, aliás, também pode ser evidenciada pela extrema violência e crueldade empregada no crime, o que deixa inequívoco que a liberdade dos condenados poderia gerar perigo para a sociedade”, argumentou o magistrado.

Jhonatan já tinha trabalhado como pintor para a idosa e feito serviços no prédio. Em 9 de junho passado, ele e William foram ao prédio com o intuito de conseguir mais dinheiro com a vítima e avisaram a um dos porteiros que iriam ao apartamento de Martha. De acordo com a denúncia, eles ameaçaram as duas mulheres e obrigaram a idosa a assinar três cheques no valor de R$ 5 mil cada.
Enquanto William mantinha as vítimas em cárcere privado, Jhonatan foi à agência bancária do Bradesco para descontar os cheques. A caixa chegou a entrar em contato com a idosa para confirmar a transação. Em seu depoimento, ela contou que a idosa confirmou a emissão dos cheques e pediu que Jhonatan assinasse e colocasse o número da sua identidade no verso de cada um, que foram fotografados a mando do gerente.

Ainda de acordo com a denúncia, Jhonatan e William, se acusaram mutuamente pelo planejamento do duplo assassinato. William diz que Jhonatan teve medo de ser reconhecido, pois tinha trabalhado como pintor para a idosa e no prédio. Já Jhonatan alegou que William também ficou com receio do reconhecimento, por ter tirado a máscara.
William admitiu ter matado as duas mulheres por ordem de Jhonatan, que foi responsável pelo incêndio no apartamento. Além do dinheiro, foram roubados joias e celulares que estavam no imóvel. Os criminosos foram presos logo depois do crime.

O juiz Flávio Itabaiana juiz descreveu a forma de agir dos dois como fria, calculada, insensível, covarde e bárbara. Segundo ele, foi um crime perpetrado com extrema e exacerbada crueldade, em razão das circunstâncias do crime e de suas consequências do delito. 
 

Publicidade
Leia mais