Pronto Socorro Central de São Gonçalo, no bairro Zé GarotoReprodução / Internet
Publicado 23/11/2022 17:45 | Atualizado 23/11/2022 17:54
Rio - A adolescente de 17 anos esfaqueada enquanto ia em direção ao colégio nesta segunda-feira (21) no bairro Brasilândia, em São Gonçalo, continua em estado grave no Pronto Socorro Doutor Armando Gomes de Sá Couto, no centro do município da Região Metropolitana do Rio. Contudo, segundo a família, ela está "evoluindo bem".
Em contato com o DIA, Jéssica de Oliveira, mãe da vítima, informou que a jovem mostrou evolução, conversa com os pais, mas que continua internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade municipal. Na segunda-feira (21), a direção do Pronto Socorro havia informado que a paciente tinha sido estabilizada e passado por uma cirurgia.
"Ela está no CTI ainda, mas a médica disse que está evoluindo bem. Ainda não há previsão de alta, mas ela conversa com a gente. Estamos um pouquinho aliviadas com a prisão dele. O medo era ele continuar nas ruas", disse.
O suspeito do crime se entregou na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo nesta terça-feira (22) acompanhado da mãe. De acordo com a delegada Carla Tavares, a motivação do crime ocorreu após a jovem recusar manter um relacionamento amoroso com ele. Carla ainda reiterou que Marcos André premeditou o crime, pois ele teria ficado de "tocaia" esperando a vítima passar.
"Ele vende balas nas proximidades do colégio da vítima, e, quando ela se recusou a namorá-lo, ele resolvei acabar com a vida dela", contou a delegada.
Depois do episódio desta segunda-feira (21), o homem irá responder pelo crime de tentativa de feminicídio. Segundo a mãe do suspeito, ele tem dupla personalidade. Contudo, o problema psicológico não justifica o crime. "Nunca vou compactuar com isso. Eu estou orando para essa menina viver", disse Maria Angélica, mãe do suspeito.
Relembre o caso
A adolescente seguia em direção a um colégio no bairro Brasilândia, em São Gonçalo, quando foi abordada por trás pelo suspeito por volta de 7h de segunda-feira (21), próximo ao Instituto de Educação Clélia Nunes. Imagens de câmeras de segurança mostraram Marcos André se esgueirando por um bar e depois arrastando a menina para dentro de um imóvel.
A vítima conseguiu enviar uma mensagem para a mãe dizendo que havia sido esfaqueada pelo homem que já tinha a perseguido em outros momentos. Segundo a família, o vendedor de balas já assediou a menina, inclusive com um boletim de ocorrência registrado.
"O que eu sei é o que ela me contou. Ela estava distraída e ele pegou ela por trás. A faca perfurou o pulmão. Ele deu facadas na frente ainda e, antes de sair, olhou para ela e riu. Ela me mandou uma mensagem dizendo que ele estava a atacando e a esfaqueando. Ela estava com medo de morrer porque estava toda furada e ensanguentada. Eu nem sei como vai ser quando ela sair de lá porque deve ter sido um trauma horrível", explicou Jéssica de Oliveira.
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