Milicianos foram encaminhados para a sede da DRE na Cidade da PolíciaReprodução
Publicado 04/01/2023 11:42
Rio - A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira (4), três acusados de integrar a milícia comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atua na região do conjunto Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Marcos de França Pessoa, o 'MK', 31; Erick Zaniboni de Lima, 21; e Luiz Yago Araújo Pimentel, conhecido como 'Da Holanda', foram detidos por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). 
De acordo com as investigações da especializada, os três homens são responsáveis por realizar cobranças ilegais de taxas de segurança, distribuição ilegal de sinais de televisão e internet, além de ameaçar moradores que se recusam a pagar à organização paramilitar. Os agentes localizaram o trio no conjunto Nova Sepetiba, e com ele haviam três pistolas, duas réplicas de fuzil, celulares e anotações.
Após a prisão, Marcos, Erick e Luiz Yago foram encaminhados para a sede da DRE, na Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, Zona Norte do Rio. Eles foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa. A especializada pede o apoio da população para o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, por meio de denúnicas pelo telefone (21) 98596-7485. O anonimato é garantido. 
Prisões na milícia de Zinho
Em menos de uma semana, cinco integrantes da milícia de Zinho foram presos, entre eles um dos braços direitos do criminoso, Jhony Alexandre de Souza Silva. Conhecido como 'Jhon Jhon', ele foi detido na casa onde planejava fazer uma festa de Natal, em Paciência, por equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco); da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core); do Serviço Aeropolicial (Saer) e da Subsecretaria de Inteligência (Sinte). 
Já na segunda-feira (2), agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prenderam Jackson Douglas de Araújo do Amaral, o 'PQD', em sua casa, no bairro de Cosmos, após denúncias anônimas. O miliciano e outros integrantes do grupo paramilitar são investigados por homicídios cometidos em Santa Cruz e Campo Grande. 
Atualmente, Zinho é o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, conhecida como Liga da Justiça, que domina diversos bairros da Zona Oeste e da Baixada Fluminense. Um dos criminosos mais procurados do estado, ele assumiu a liderança da organização criminosa há pouco mais de um ano, quando seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi morto em uma ação da Polícia Civil, em 12 de junho de 2021, na comunidade de Três Pontes, em Paciência.
Desde então, o grupo tem se envolvido em constantes confrontos com milicianos rivais comandados por Danilo Dias Lima, o Tandera, pelo controle de territórios. Os paramilitares ainda são suspeitos de matar o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, que também era integrante da Liga da Justiça, na Estrada Guandu Sapé, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, no dia 4 de agosto de 2022. O ex-parlamentar foi atingido por dois tiros de fuzil na barriga e na perna e não resistiu aos ferimentos. 
 
 
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