Publicado 17/01/2023 16:16
Rio - As campanhas para a eleição a prefeito do Rio de Janeiro em 2024 ainda não começaram, tão pouco os candidatos ao cargo, atualmente ocupado por Eduardo Paes (PSD), foram definidos, mas as movimentações nos bastidores da política já começaram. Prova disso é a aproximação entre o diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio, partido do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Paes, formalizada no último sábado (14).
Com a certeza de que o atual prefeito vai tentar a reeleição e algumas suposições de futuros candidatos, o Instituto Rio21 e o Diário do Rio realizaram uma pesquisa entre os dias 9 e 12 janeiro, com 1.476 cariocas, para saber quem são os favoritos até o momento para se eleger prefeito da cidade. Ao todo, foram colocados em análises seis cenários, e em todos Paes aparece liderando a pesquisa. No entanto, a união do governador Cláudio Castro (PL), ao lado de Flavio Bolsonaro, pode tonar as eleições 2024 acirradas.
Suposições
A pesquisa considerou, em cenários diferentes, a possibilidade de candidatura do filho do ex-presidente, Flavio Bolsonaro (PL), mesmo diante de um momento delicado para o partido de direita, que assistiu no dia 8 de janeiro a tentativa de golpe de bolsonaristas radicais fracassar. Carlos Portinho (PL) e General Pazuello (PL) também podem representar na disputa em 2024.
Nomes como Marcelo Crivella (Republicanos), Rodrigo Amorim (PTB), político envolvido em graves acusações de intolerância religiosa e homofobia, Clarissa Garotinho (União Brasil) e Alexandre Freitas (Podemos) também foram considerados na pesquisa.
Representando o centro, foram levantados os nomes de Martha Rocha (PDT), do vice-governador Thiago Pampolha (União Brasil) e o deputado federal Dr. Luizinho (PP).
Já para representar a esquerda, as suposições são: os deputados Tarcísio Motta (PSol), Renata Souza (PSol), Talíria Petrone (PSol), Chico Alencar, a vereadora Tainá de Paula (PT) e o presidente da Embratur Marcelo Freixo (PT).
Cenários: confira seis cenários divulgados pela pesquisa
Cenário 1 - Há um empate técnico entre Eduardo Paes e Flávio Bolsonaro. Neste cenário, dois fatores devem ser levados em consideração. São eles: o momento delicado em que a atual prefeitura passa devido aos sucessivos problemas no transporte do Rio de Janeiro. O segundo fator já foi mencionado anteriormente na reportagem, que é o ataque de bolsonaristas, identificados como terroristas, aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Eduardo Paes (PSD) – 31.3%
Flávio Bolsonaro (PL) – 27.7%
Tarcísio Motta (PSol) – 11.84%
Martha Rocha (PDT) – 5.88%
Marcelo Crivella (Republicanos) – 4.06%
Branco/Nulo – 6.93%
Não sabe – 12.28%
Flávio Bolsonaro (PL) – 27.7%
Tarcísio Motta (PSol) – 11.84%
Martha Rocha (PDT) – 5.88%
Marcelo Crivella (Republicanos) – 4.06%
Branco/Nulo – 6.93%
Não sabe – 12.28%
Cenário 2 - Com a possibilidade de enfrentar General Pazuello nas eleições 2024, Paes aumenta em pouco mais de 2% a diferença entre o segundo candidato mais votado na pesquisa.
Eduardo Paes (PSD) – 33.8%
General Pazuello (PL) – 26.13%
Renata Souza (PSol) – 7.76%
Martha Rocha (PDT) – 7.13%
Marcelo Crivella (Republicanos) – 4.65%
Branco/Nulo – 11.86%
Não sabe – 8.6%
General Pazuello (PL) – 26.13%
Renata Souza (PSol) – 7.76%
Martha Rocha (PDT) – 7.13%
Marcelo Crivella (Republicanos) – 4.65%
Branco/Nulo – 11.86%
Não sabe – 8.6%
Cenário 3 - Sem um nome expressivo da direita, foi observado um aumento considerável de brancos, nulos e não sabe. Se mantendo na liderança, Paes teria outros dois nomes atrás dele: o atual secretário de saúde de Cláudio Castro, Dr. Luizinho, e Chico Alencar.
Eduardo Paes (PSD) – 30.24%
Dr. Luizinho (PP) – 13.62%
Chico Alencar (PSol) – 12.63%
Martha Rocha (PDT) – 7.51%
Thiago Pampolha (União Brasil) – 2.93%
Branco/Nulo – 21.86%
Não sabe – 11.91%
Dr. Luizinho (PP) – 13.62%
Chico Alencar (PSol) – 12.63%
Martha Rocha (PDT) – 7.51%
Thiago Pampolha (União Brasil) – 2.93%
Branco/Nulo – 21.86%
Não sabe – 11.91%
Cenário 4 - Nesta configuração, o que chama a atenção é a disputa acirrada entre Freixo, Dr. Luizinho e Carlos Portinho para o segundo lugar.
Eduardo Paes (PSD) – 27.1%
Marcelo Freixo (PT) – 14.52%
Dr. Luizinho (PP) – 13.52%
Carlos Portinho (PL) – 13.4%
Martha Rocha (PDT) – 7.05%
Branco/Nulo – 16.52%
Não sabe – 7.92%
Marcelo Freixo (PT) – 14.52%
Dr. Luizinho (PP) – 13.52%
Carlos Portinho (PL) – 13.4%
Martha Rocha (PDT) – 7.05%
Branco/Nulo – 16.52%
Não sabe – 7.92%
Cenário 5 - Esta configuração torna Paes favorito para ganhar logo no primeiro turno, já que os demais candidatos empatam em segundo lugar.
Eduardo Paes (PSD) – 34.14%
Martha Rocha (PDT) – 8.24%
Rodrigo Amorim (PTB) – 7.41%
Clarissa Garotinho (União Brasil) – 7.37%
Talíria Petrone (PSol) – 6.23%
Branco/Nulo – 20.94%
Não sabe – 15.64%
Martha Rocha (PDT) – 8.24%
Rodrigo Amorim (PTB) – 7.41%
Clarissa Garotinho (União Brasil) – 7.37%
Talíria Petrone (PSol) – 6.23%
Branco/Nulo – 20.94%
Não sabe – 15.64%
Cenário 6- Assim como no cenário 5, esta configuração é bastante favorável para o atual prefeito. Ele lidera com folga, com 33,33%.
Eduardo Paes (PSD) – 33.33%
Martha Rocha (PDT) – 9.18%
Clarissa Garotinho (União Brasil) – 7.72%
Tainá de Paula (PT) – 5.94%
Alexandre Freitas (Podemos) – 4.62%
Branco/Nulo – 22.57%
Não sabe – 16.64%
Martha Rocha (PDT) – 9.18%
Clarissa Garotinho (União Brasil) – 7.72%
Tainá de Paula (PT) – 5.94%
Alexandre Freitas (Podemos) – 4.62%
Branco/Nulo – 22.57%
Não sabe – 16.64%
Procurada, a assessoria do prefeito Eduardo Paes informou que ele não comenta sobre pesquisas.
Aliança entre PT-Rio e Eduardo Paes
Como esperado, o diretório municipal do PT aprovou, no último dia 14, a aliança com o atual prefeito da capital fluminense. A decisão foi tomada e anunciada após o partido ter a garantia de que a bancada na Câmara passe efetivamente a integrar a base. Através das redes sociais, Tiago Santana, presidente do PT-Rio destacou alguns nomes indicados para integrarem esta união: a vereadora Tainá de Paula, o ex-vice-prefeito de Paes Adilson Pires, e o vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan, que vai se licenciar do cargo atual. Filho do deputado federal eleito Washington Quaquá e da estadual Zeidan, Diego já foi secretário de Economia Solidária no primeiro mandato do alcaide Fernando Horta (PT).
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