O cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva, de 63 anos, foi preso nesta segunda-feira (18) sob acusação de manter uma paciente em cárcere privadoSandro Vox
Publicado 15/02/2023 14:18
Rio - A juíza Anna Christina da Silveira Fernandes, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, expediu, nesta terça-feira (14), alvará de soltura para o cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerrero, de 62 anos, acusado de tentativa de homicídio contra uma de suas pacientes, após cirurgia malsucedida. Ele estava preso desde julho do ano passado. 

O alvará atende a um pedido da defesa do cirurgião plástico, que alegou que a responsabilidade pelo resultado do procedimento era da própria paciente, Daiana Cavalcanti, de 35 anos, autora da denúncia de cárcere privado contra o médio e a clínica Santa Branca, em Duque de Caxias.

De acordo com a juíza, como o término da fase de instrução, não havia mais motivos para a manutenção da prisão preventiva. "Finda a fase de instrução neste juízo, os elementos trazidos a estes autos indicam que não persistem os motivos que ensejaram a segregação cautelar do ora denunciado", determinou.
Bolívar estava preso desde 18 de julho de 2022, quando foi preso por suspeita de crime de cárcere privado contra Daiana. A paciente teria sido forçada a permanecer em internação contra sua vontade no hospital particular Santa Branca, em Duque de Caxias. 
Em agosto do ano passado, cerca de um mês após o caso vir à tona, o Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu a prorrogação da prisão preventiva. Na denúncia, o órgão também mencionou a participação da técnica de enfermagem Kellen Cristina de Queiroz dos Santos na tentativa de homicídio qualificado contra a paciente.
De acordo com o texto, o médico realizou cirurgias para fins estéticos nas nádegas, costas e abdômen de Daiana que, em razão de complicações causadas pelos procedimentos, retornou ao hospital na semana seguinte com dores abdominais e inflamação dos pontos de sutura. Após idas e vindas ao hospital, em virtude das complicações decorrentes das cirurgias, a vítima, que apresentou agravamento de seu quadro clínico, foi novamente internada.
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