Luiz Cláudio Fonseca Salgado, 20, ao lado do pai, o vice-presidente CatatauReprodução/Redes Sociais

Rio - Policiais da 138ª DP (Três Rios), com apoio da 41ª DP (Tanque), prenderam na manhã desta sexta-feira (10), o responsável pela morte de Luiz Cláudio Fonseca Salgado, 20, filho do vice-presidente da escola de samba Mocidade Independente de Vila Isabel, de Três Rios. Pedro Henrique de Souza Batista, que estava foragido desde quando cometeu o crime, em 23 fevereiro, no município do interior do estado, foi capturado no Morro da Covanca, Zona Oeste do Rio.
O crime foi motivado pelo ciúme de Pedro Henrique da ex-companheira, com quem Luiz Cláudio estava começando a se relacionar. O preso havia passado a chamar a vítima de novo "namoradinho" da mulher, em tom de deboche e chegou a publicar nas redes sociais o sentimento de ódio que vinha tendo pela situação.
Segundo as investigações, no dia do crime, Pedro já havia agredido Luiz Cláudio com um capacete, ao encontrar a ex-companheira com ele. Ele também apontou uma arma para o jovem e o ameaçou de morte. Câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima usa uma bicicleta para se afastar do local, mas acaba sendo seguido pelo homem, que estava em uma motocicleta.
Relatos de testemunhas afirmam que eles entraram em uma discussão e Pedro atirou, fugindo do local em seguida. Luiz chegou a ser socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, mas não resistiu aos ferimentos. A morte dele aconteceu um dia após o encerramento do Carnaval de Três Rios. O corpo do jovem foi sepultado no último dia 24 e a vítima foi homenageada durante os desfiles das agremiações campeãs, no dia 25 de fevereiro.
Apesar de ter ficado em segundo lugar na disputa, a Mocidade Independente de Vila Isabel não desfilou com as demais escolas de samba, em respeito ao pai do jovem, o vice-presidente Catatau. Depois da prisão, Pedro foi conduzido para 108ª DP (Três Rios), responsável pelo inquérito, onde será interrogado. Em seguida, ele vai ser encaminhado para a Secretaria de Administração Penitenciária, para ficar à disposição da Justiça.