
Publicado 14/03/2023 22:19 | Atualizado 14/03/2023 22:30
Rio - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza magistrados em todo o Brasil, decidiu por unanimidade, nesta terça-feira (14), pela aposentadoria compulsória do desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). O magistrado é suspeito de violações de deveres da carreira.
A principal suspeita de irregularidade gira em torno da libertação do miliciano Jonas Gonçalves da Silva, o 'Jonas é Nós', concedida durante um plantão judiciário noturno. De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), há indícios de que o desembargador teria vendido, em setembro de 2016, um habeas corpus a Jonas. Na ocasião, o advogado do vereador de Caxias e PM reformado era o filho de Darlan, Renato Darlan.
A principal suspeita de irregularidade gira em torno da libertação do miliciano Jonas Gonçalves da Silva, o 'Jonas é Nós', concedida durante um plantão judiciário noturno. De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), há indícios de que o desembargador teria vendido, em setembro de 2016, um habeas corpus a Jonas. Na ocasião, o advogado do vereador de Caxias e PM reformado era o filho de Darlan, Renato Darlan.
A acusação se sustenta em um acordo de delação premiada que revelou que a liminar teria sido negociada por R$ 50 mil.
Na sessão do plenário desta terça, o Ministério Público quis a aplicação da pena de censura, mas o CNJ votou pela pena mais grave, a aposentadoria.
Em 2019, Darlan chegou a ser alvo da PF por vendas de sentenças dadas em plantões no Fórum da capital.
Já em agosto de 2022, o CNJ abriu um procedimento disciplinar para investigar visita do desembargador ao ex-governador Sérgio Cabral em unidade prisional da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Segundo o livro de registros da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a visita aconteceu em 6 de abril de 2022, por volta das 15h, e durou cerca de trinta minutos.
À época, o desembargador estava à frente da 7ª Câmara Criminal, que analisava processos envolvendo Sérgio Cabral. O ex-governador foi acusado de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e condenado a mais de 400 anos de prisão.
Segundo o livro de registros da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a visita aconteceu em 6 de abril de 2022, por volta das 15h, e durou cerca de trinta minutos.
À época, o desembargador estava à frente da 7ª Câmara Criminal, que analisava processos envolvendo Sérgio Cabral. O ex-governador foi acusado de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e condenado a mais de 400 anos de prisão.
A lei de execução penal determina que a inspeção pela autoridade judiciária deve ser feita pelo juiz da execução. No caso, era a Vara de Execuções Penais (VEP).
Logo depois da abertura do inquérito de investigação pelo CNJ, Siro Darlan se declarou impedido nos processos que envolvem Sérgio Cabral.
Logo depois da abertura do inquérito de investigação pelo CNJ, Siro Darlan se declarou impedido nos processos que envolvem Sérgio Cabral.
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