Publicado 11/04/2023 18:25
Rio - O educador Danillo Félix Vicente de Oliveira, de 27 anos, preso injustamente em 2020, foi inocentado pela vítima e por testemunhas do crime na tarde desta terça-feira (11) em mais um processo contra ele que tem como base o reconhecimento de uma foto sua publicada no Facebook em 2017. Ele passou por uma audiência, no Fórum de Niterói, pelo crime de roubo majorado. Antes da sessão, familiares protestaram contra a acusação.
O caso que motivou esse novo inquérito e a audiência desta terça aconteceu no dia 14 de julho de 2020, por volta de 18h, na Rua 15 de Novembro, nº 236, no bairro do Ingá, em Niterói. Na ocasião, um casal foi assaltado a mão armada por três homens. A vítima registrou o caso na 76ª DP (Niterói), onde a foto de Danillo constava no álbum de suspeitos.
Na sessão desta terça-feira (11), o DIA apurou que a vítima do crime e testemunhas não reconheceram Danillo como o responsável pelo crime. Questionado, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que encerrou a fase de audiência de instrução e julgamento com a oitiva de testemunhas. o processo segue para alegações finais do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da defesa.
O TJRJ explicou que ambas as partes tem cinco dias para dar as suas alegações finais sobre o processo. Depois de 10 dias, o juízo irá dar a sua decisão sobre absolvição e condenação.
*Mais cedo, o DIA noticiou que Danillo foi absolvido, mas o processo ainda não foi finalizado.
Esse foi o terceiro inquérito que o educador respondeu com as mesmas características. Em 2020, Danillo ficou preso preventivamente por 55 dias no Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, na Zona Central do Rio, pela sua primeira acusação por roubo em Niterói. Na época, ele perdeu o aniversário da companheira Beatriz e do pai, além do dia dos pais.
Na acusação que o levou à prisão, Danillo foi absolvido depois que a vítima do roubo pelo qual foi incriminado não o reconheceu. Um segundo inquérito foi arquivado pelo mesmo motivo.
Atualmente, Danillo mora no Morro da Chácara, no Centro de Niterói, e trabalha como educador em um abrigo de pessoas em situação de rua. Ele foi afastado da rotina mais intensa do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do bairro de Santa Bárbara em Niterói, onde exercia função administrativa por conta da nova audiência.
Procurada, a Polícia Civil do Rio afirmou que a foto de Danillo "já foi retirada e desde 2020 ele não foi apontado como suspeito em nenhum procedimento".
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