Publicado 19/04/2023 15:10 | Atualizado 19/04/2023 16:11
Rio - A Polícia Civil investiga a morte do cabo Daniel Mendonça da Silva, de 41 anos, que ocorreu em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (19). O agente chegou a ser preso no início de março por suspeita de envolvimento no jogo do bicho. Na ação, mais oito homens foram detidos por serem suspeitos de participação na quadrilha de Bernardo Bello, chefe de uma organização criminosa que explora jogos de azar.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), testemunhas estão sendo ouvidas e diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime. O policial atuava na corporação desde 2012, mas estava de folga quando foi atingido. Segundo a Polícia Militar, a Corregedoria Geral acompanha os desdobramentos do caso.
Daniel ficou menos de um mês preso, ele teve a prisão relaxada no fim de março após decisão do juiz Juarez Costa de Andrade, da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado.
Segundo a Polícia Civil, ele foi detido após agentes da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), com apoio da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), terem ido verificar uma denúncia de que havia homens armados circulando em veículos pela região do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde ficavam estacionados em ruas de condomínios e postos de gasolinas.
No local, os policiais fizeram a abordagem de um veículo, modelo Fiat Toro, que estava parado em um posto de gasolina na esquina das ruas Pedro Corrêa e Abelardo Bueno. Dentro do veículo estavam quatro homens, entre eles Daniel. Com eles, foram encontradas quatro pistolas. Outros dois veículos também foram localizados, onde estavam os outros suspeitos. Ao consultar os registros das armas apreendidas, os agentes constataram que a arma Glock, encontrada com outro PM, estava registrada em nome do contraventor Bernardo Bello.
As investigações ainda revelaram que o veículo Fiat Toro, onde estava Daniel, era roubado e que o motor do veículo Voyage era adulterado. Os suspeitos foram autuados por integrar organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e receptação.
Na decisão que determinou o relaxamento da prisão do PM, no dia 31 de março, o TJ entendeu que havia ilegalidades na prisão, uma delas, o fato de que o Ministério Público ainda não tinha oferecido denúncia, quase um mês após todos serem detidos, desrespeitando prazo do Código de Processo Penal.
Ainda não há informações sobre o local e horário do sepultamento do agente.
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