Manifestação de profissionais de enfermagem em frente a Prefeitura do Rio. A manifestação ja encerrou mas mais cedo os profissionais chegaram a fechar algumas pistas da Av Presidente Vargas mas logo foi liberado com a presença da PM. Não houve confusão. Nesta Sexta-feira (30).Pedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem da rede pública e privada do estado do Rio realizaram um ato na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, na manhã desta sexta-feira (30). A categoria está em paralisação de 48h, desde o início de quinta-feira (29), e passou a noite em vigília na frente da Prefeitura do Rio. Os trabalhadores reivindicam a implementação do piso nacional aprovado no Congresso Nacional.
"Não vamos parar, a luta continua. Não tem frio, não tem chuva, a nossa luta é eterna. Passamos uma noite inteira em vigília em prol da liberação do nosso piso salarial. Enquanto o valor não estiver nos nossos contracheques e nas nossas contas, nós não vamos deixar de lutar. A enfermagem vai entrar em greve por tempo indeterminado", afirmou a enfermeira Rosiani Rocha Vieira, de 55 anos, que acompanha os atos da categoria.
Por conta da manifestação na manhã desta sexta-feira, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, na altura da Cidade Nova, chegou a ser parcialmente interditada, mas foi liberada por volta das 10h30. Polícia Militar, Guarda Municipal e CET-Rio atuaram no local. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), há retenções na chegada ao Centro do Rio.
Vigília na Prefeitura do Rio
Após a paralisação aprovada na última sexta-feira (23), os profissionais realizaram um ato na frente do Hospital dos Servidores, na Zona Central do Rio, nesta quinta-feira (29), e seguiram em caminhada até a sede da Prefeitura do Rio, onde passaram a noite protestando.
Foram montadas tendas com comidas e bebidas para apoiar os que estiveram presentes na frente da sede da administração municipal. Cartazes também foram colocados pedindo a implementação do piso nacional.
Entenda
O piso salarial da enfermagem foi aprovado pelo Congresso Nacional em agosto de 2022 e fixou os valores de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.325 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
O dispositivo chegou a ser suspenso por uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) interposta pela rede privada da Saúde até que fontes de financiamento fossem garantidas para a política, mas foi aprovado em maio pelo ministro Roberto Barroso.
Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que liberou R$ 7,3 bilhões a serem enviados para estados e municípios e permitir o pagamento da categoria. O ministro considerou haver valores mínimos a permitir o pagamento e restabeleceu a validade da lei que criou o piso.
Contudo, a decisão do magistrado está sendo analisada pelos demais ministros. Até o momento, a medida segue em vigor.