Kyra Uzai esteve na Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, para registrar a cadela CapivaraCléber Mendes / Agência O Dia

Rio - Donos de pets formaram uma grande fila para realizar a microchipagem gratuita de seus animais de estimação, na manhã deste sábado (5), na Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, Zona Oeste do Rio. A campanha de identificação dos pets é uma parceria entre a Prefeitura do Rio e a Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal.
O projeto tem o objetivo de facilitar a busca pelos animais em casos de abandono, furto ou fugas. O tutor é localizado por meio das informações inseridas no chip, como nome, endereço e e-mail. Por volta das 9h, foram distribuídas 200 senhas para microchipagem gratuita. Imagens gravadas pelo vereador mostram a grande fila que deu voltas na praça.
"Daqui para frente, todos os animais do município do Rio terão que ser registrados. A prefeitura faz este trabalho gratuitamente no CCZ (Centro de Controle de Zoonoeses) e nas feiras que organizamos às quartas-feiras e aos sábados", explicou o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), presidente da Comissão de Defesa dos Animais, que esteve presente na ação.
Ramos Filho é um dos autores de uma lei aprovada na Câmara dos Vereadores que determina a obrigatoriedade do registro de cães e gatos no município. A lei ainda precisa ser regulamentada pela Prefeitura do Rio, o que deve acontecer dentro de dois meses, e os tutores devem cumprir a adequação em um prazo de seis meses a partir dessa regulamentação.
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O enfermeiro Francisco Rodrigues foi o 36º a receber o serviço com o seu shitszu, o Pingo. "É uma segurança. Se ele se perder, vai ser encontrado. E agora tem a lei, todo animal tem que estar devidamente identificado, aproveitei que aqui na campanha e de graça", disse o enfermeiro.
"A microchipagem não dói, é só uma picadinha de agulha. O que dói é perder o animal”, comentou a veterinária da Vigilância Sanitária do município, Simone Massad, que realizou os procedimentos nesta manhã. 
A tutora Isabela de Souza, de 26 anos, levou a Bolinha para vacinar contra raiva na praça. Com isso, ela aproveitou para também colocar o microchip na cadela da raça maltês.
"Eu fui levá-la para tomar vacina antirrábica e colocar o microchip por questão de segurança. Até achei que fosse rastreável, mas não é. É apenas um documento com a identificação, então facilita as idas dela ao veterinário, saber o que ela já tomou de vacina... O uso do microchip ajuda bastante", contou.
Recentemente, a vira-lata caramelo Capivara deu um susto na médica veterinária Kyra Uzai, de 30 anos. Ela fugiu de casa e passou alguns dias na rua. A tutora, então, aproveitou a campanha para colocar o microchip na melhor amiga.
"Levei a Capivara para que ela tenha um RG (Registro Geral) animal, contendo todos os seus dados e meus contatos para facilitar a identificação em algumas situações, principalmente em caso de fuga. Recentemente, ela fugiu de casa e passou alguns dias na rua. O microchip poderia ter ajudado a encontrá-la mais rápido e a identificá-la", disse Kyra.
Durante a ação, três filhotes foram adotados. Na quarta-feira (9), a campanha acontecerá na Rua Esmeralda Ana Gonzaga, em Campo Grande. Já no próximo sábado (12), o evento será na comunidade do Vidigal.