Moradores estendem faixas para alertar sobre criminalidade em Fonseca, NiteróiDivulgação

Rio - Moradores do Fonseca, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, estenderam faixas nas vias do bairro para alertar sobre a violência e criminalidade na região. Os avisos sobre os recorrentes assaltos foram colocados nas ruas Leite Ribeiro, Homero Pinho e Luiz de Matos, que são as mais movimentadas.

Em uma das mensagens penduradas, lia-se um apelo: “Rua com alto índice de assaltos. Nós moradores, pedimos socorro às autoridades”. No entanto, as faixas foram retiradas na manhã do último sábado (19) a pedido de alguns dos residentes, que acreditavam que a atitude poderia desvalorizar imóveis e impedir que carros de aplicativos e entregadores frequentassem o local.

Erika Almeida, moradora de uma das ruas da região, conta ao O DIA que já teve sua casa invadida e explica sobre as faixas colocadas. “Minha casa foi invadida recentemente por um usuário de drogas, que pulou o muro e roubou coisas minhas que estavam no quintal, como a bicicleta do meu filho e pertences pessoais. Eu liguei para a polícia e nada foi feito. A onda de assaltos na região é muito grande. Fizeram promessas sobre patrulhamento, melhorias, mas nós moradores estamos acuados, por isso decidimos colocar as faixas na rua para chamar atenção. Não existe isso de ter que deixar o celular em casa por medo de ser roubado”, comentou.

Procurada, a Polícia Militar informou que o comando da unidade trabalha em conjunto com a delegacia da área para identificar e prender os envolvidos de práticas criminosas. Segundo dados disponibilizados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), na região de policiamento do 12ºBPM (Niterói), o indicador total de roubos registrou queda de 11% quando comparados os períodos de janeiro a junho de 2023 com janeiro a junho de 2022.

A polícia também informou que um encontro entre moradores e autoridades do 12°BPM e representantes da Guarda Municipal de Niterói aconteceu no CIEP Professor Anísio Teixeira, onde demandas foram apontadas e foi criado um canal de comunicação no WhatsApp para recebimento de denúncias, orientações, dentre outros. 

Erika comenta que na reunião foram solicitadas diversas mudanças que ainda não ocorreram. “Pedimos monitoramento de câmeras, policiamento ostensivo na área. A Guarda Municipal se prontificou a ajudar com a circulação de carros. Mas até o momento ainda estamos aguardando estas respostas. Vamos ver se depois que ‘fizemos barulho’ as mudanças vão aparecer”, disse.

Nas redes sociais, um comerciante demonstrou sua indignação com a situação do bairro. "Somos comerciantes da Rua 22 de Novembro (no Fonseca) e toda hora somos vítimas. Eles roubam tudo. A gente não aguenta mais. Cadê a polícia?", publicou.
*Reportagem do estagiário Lucas Guimarães, sob supervisão de Iuri Corsini*