Publicado 03/08/2023 08:12
Rio - Os dois policiais militares baleados durante a operação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, receberam alta médica. A ação desta quarta-feira (2) provocou intensas trocas de tiros e deixou dez suspeitos mortos, outros três feridos e apreendeu sete fuzis, granadas e munições. Segundo a Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (3), o policiamento é normal na comunidade, que está estabilizada. Não houve registro de novos confrontos na região.
Na manhã de hoje, as unidades de ensino e saúde da rede municipal voltaram a funcionar normalmente. Na quarta-feira, 16 escolas da região do Complexo da Penha ficaram fechadas por conta da operação, afetando 3.220 alunos. As Clínicas da Família Felipe Cardoso, Valter Felisbino de Souza, Aloysio Augusto Novis, Rodrigo y Aguilar Roig e Klebel de Oliveira Rocha, além do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Miriam Makeba precisaram suspender as atividades externas, como as visitas domiciliares, por conta dos tiroteios.
Inicialmente, os dois PMs foram socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e depois transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar. A corporação informou ainda que levou 11 suspeitos baleados no confronto para o HEGV e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), dez já chegaram sem vida. Outras duas pessoas deram entrada na unidade no início da tarde de ontem e os três feridos permanecem internados, com quadro clínico estável.
Entre os mortos no confronto, estão Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Penha, e Claudio Henrique da Silva Brandão, o Do Leme, apontados como lideranças do Comando Vermelho nas comunidades do Juramento e da Chatuba, respectivamente. A dupla acumulava mandados de prisão em aberto por crimes como tráfico de drogas e homicídio, além de serem réus por organização criminosa e extorsão. Eles eram integrantes do grupo comandado por Thiago do Nascimento Mendes, o Belão, que extorque moradores no Quitungo, em Brás de Pina, também na Zona Norte.
A operação desta quarta-feira pretendia prender integrantes do Comando Vermelho, que domina a comunidade, após um monitoramento do Setor de Inteligência ter indicado que ocorreria uma reunião de lideranças da facção no local. Para atrapalhar o avanço dos policiais, criminosos determinaram que mototaxistas fossem para a área de mata, onde um confronto ocorria. Os traficantes ainda usaram roupas parecidas com as dos agentes e atearam fogo em barricadas e em lixeiras da Rua Nossa Senhora da Penha, no Parque Proletário. Nesta quarta-feira, o clima era de aparente tranquilidade na região.
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