Mototaxistas chegaram a região de mata para impedir que tropas policiais avançassem Reprodução / RJTV

Rio - O confronto na manhã desta quarta-feira (2) entre policiais militares e criminosos no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, e que deixou ao menos 10 pessoas mortas, foi encerrado após a chegada de mototaxistas na região, segundo a Polícia Militar.
De acordo com declaração do porta-voz da PM, coronel Marco Andrade, ao RJTV, da TV Globo, os mototaxistas chegaram à região de mata onde ocorria a troca de tiros devido ao pedido dos traficantes para fazer as tropas policiais recuarem. "Ao longo da ação, nossa inteligência identificou que determinaram aos mototaxistas que trabalham na região que se deslocassem para a área de mata para diminuir nossa progressão no terreno", afirmou.
Marco também destacou que os criminosos possuíam vestimentas parecidas com a dos oficiais. "Os criminosos trajavam roupas muito similares às nossas fardas, da PM, da Core e da Civil, então demonstra o grande aparato bélico que o crime hoje tem no estado do Rio, a necessidade e intensidade do confronto contra as forças policiais", disse.
Além disso, o coronel explicou que os oficiais enfrentaram dificuldades para acessar a comunidade no início da operação. "Tivemos muita dificuldade no acesso inicial, devido às barricadas em chamas, barricadas mais sofisticadas, não só um simples pneu pegando fogo, materiais mais sofisticados para dificultar o acesso das nossas tropas", completou.
Operação na Penha
A operação realizada no Complexo da Penha deixou ao menos dez mortos e quatro feridos, entre eles um policial militar. O Comando de Operações Especiais (COE) da PM e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil atuam na região desde o início da manhã, e houve registro de confronto em diversos pontos da comunidade, como Vila Cruzeiro e nos Morros da Caixa D'água e do Sereno.