Polícia pede prisão preventiva do responsável pela morte de porteiro no Centro do Rio

Rio - A Polícia Civil pediu, na terça-feira (12), a prisão preventiva de Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, responsável pela morte do porteiro José Jailton de Araújo, 47, no dia 7 de agosto, no Centro do Rio. Ele foi indiciado por latrocínio - roubo seguido de morte.

Anteriormente, um primeiro pedido, desta vez de prisão temporária, foi feito à Justiça com aval Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), porém, foi negado.

Em decisão, o juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 37ª Vara Criminal, declarou que não havia motivos legais para a prisão temporária de Fagner. "Por mais hediondo e desprezível que nos pareça uma conduta, mesmo que em tese, não podemos nos afastar do Estado de Direito”, diz parte do documento.

Fagner foi identificado com auxílio de imagens das câmeras de segurança do prédio onde o crime ocorreu e por meio de denúncias anônimas. Procurados pelos agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), familiares do criminoso também o reconheceram a partir das imagens. Eles ainda informaram à polícia que o criminoso pediu a eles um local para se esconder.

Na ocasião, o criminoso teria entrado no edifício, fingindo ser entregador, para saquear um apartamento cujo dono havia viajado e esquecido as chaves na porta, que estavam em poder da portaria. Entre os moradores, somente quatro deles sabiam do ocorrido das chaves.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o porteiro não sabia do ocorrido e nem tinha conhecimento de que as chaves estavam em poder da portaria.

No último dia 28, o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações para ajudar a identificar Fagner. Com a pergunta "Quem é ele?", a publicação buscava a identidade do homem encapuzado que aparece nas imagens de câmera de segurança.

Um dia depois, a polícia já tinha a identidade do rapaz, porém, ainda não havia divulgado seu nome. Além disso, a corporação confirmou que Fagner possui diversas anotações criminais.

Segundo a Polícia Civil, Fagner tem uma ficha criminal bem extensa, tendo passagens por lesão corporal, dano, desobediência, receptação, furto, roubo, porte de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Ele tem anotações desde os 14 anos de idade. Além disso, também é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas na comunidade do arará, em Benfica, na Zona Norte

No dia 7 de agosto, as imagens mostram que o autor chegou ao local conduzindo uma motocicleta vermelha, vestindo um casaco com capuz e boné, carregando uma mochila utilizada para transporte de alimentos, fingindo ser entregador.

Já no local, o suspeito aguarda em frente à entrada do edifício e aproveita a abertura da porta para moradores para adentrar ao prédio. Na portaria, ele aguarda os moradores pegarem o elevador enquanto finge falar ao telefone e mexe na mochila.

Em seguida, portando uma pistola, o homem aborda o porteiro e exige que o acompanhasse, dando tapas em seu rosto. Ele ainda pega chaves do prédio e faz perguntas à vítima.

Depois de ser agredido novamente, José Jailton reage e tenta pegar a arma do bandido. A luta corporal entre os dois segue por alguns segundos até que o criminoso consegue se desvencilhar e atira contra o porteiro, que morre na hora.

Após o ocorrido, o homem volta até o local onde estavam os pertences de José, rouba o seu celular, o do condomínio e foge do prédio.