Publicado 18/09/2023 16:18 | Atualizado 20/09/2023 14:08
Rio - A advogada Silvia de Oliveira Martins, de 40 anos, foi sepultada na tarde desta segunda-feira (18), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Silvia, que advogava para o cantor MC Poze do Rodo, sofreu complicações após uma lipoaspiração HD em uma clínica em Laranjeiras, na Zona Sul.
Emocionado, o filho da advogada, Pedro Caio fez diversas homenagens na plataforma Instagram, na qual a mãe era ativa e contava com mais de 50 mil seguidores. "Dia 17/9/23, o dia que a minha vida, a minha felicidade, meu mundo me deixou. Mãe, eu só tinha você, sempre foi eu e você. Passamos fome juntos, lutamos juntos, trabalhamos juntos e sempre só nós dois. O que me conforta é saber que estive junto de você até o final, nunca te abandonei e você nunca me abandonou", publicou.
Em conversa com o DIA, Mariza Dias, amiga de Silvia, disse que suspeita de possíveis erros durante o procedimento realizado pela médica Geysa Leal Corrêa.
"Há um tempo, [Silvia] fez um enxerto no glúteo e, provavelmente, foi colocada a substância PMMA (Polimetilmetacrilato), que não pode ser lipoaspirada. Uma vez que esse produto é aspirado, ele pode ir para a corrente sanguínea. Não é comum um tromboembolismo com um dia de pós-operatório. Eu acredito que tenha tido exageros na cirurgia. Em um procedimento, existe limites para retirar a gordura de um corpo. Ela ficou muito tempo submetida", explicou a esteticista, que trabalha com pós-operatório.
O DIA tenta contato com Geysa, mas, até o momento, não obteve resposta. O espaço segue aberto para qualquer manifestação.
Denúncia do MPRJ
A médica Geysa Corrêa foi alvo de uma denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) pela morte da pedagoga Adriana Capitão Pinto, de 41 anos, que ocorreu após um procedimento estético realizado em uma clínica, em Niterói, no ano de 2018.
De acordo com as investigações, a cirurgia ocorreu sem problemas e um inchaço foi identificado nas pernas da paciente. Mas, segundo a médica, era consequência natural. Seis dias depois, Adriana passou a se queixar de falta de ar, teve um desmaio e morreu. A necropsia confirmou que o procedimento foi a causa da morte.
Segundo o MPRJ, a médica, à época, possuía especialidade em otorrinolaringologia e não estava devidamente habilitada para intervenções estéticas, tendo realizado o procedimento em um local sem condições sanitárias e sem cuidados pós-operatórios.
Além dessa denúncia, Geysa responde na competência cível a 11 processos no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Na área criminal, há um processo contra a médica por lesão corporal.
Procurados, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), ainda não se pronunciaram sobre o caso.
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