Corpo de médico executado no Rio será levado para Bahia

Rio - O corpo de Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, será levado ao município de Ipiaú, na Bahia, para que o médico seja enterrado na cidade onde nasceu. O ortopedista foi executado na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Nascido em Ipiaú, Perseu cursou medicina em Salvador e era especialista em cirurgias de pé. Atualmente, ele estava morando em Jequié, na Bahia, para trabalhar perto de sua família. O médico era pai de um menino de 11 anos e uma menina de 3.

De acordo com o administrador Hugo Dantas, cunhado de Perseu, o corpo será levado em um transporte aéreo até Ilhéus e, em seguida, de carro até Ipiaú. Até o momento, não há informação sobre a data do enterro.

"Era uma pessoa muito esforçada... Tem dois filhos pequenos, de 11 e 3 anos. Era uma pessoa muito correta. A primeira vez que ele esteve no Rio foi agora, veio participar de um congresso de Medicina. É uma fatalidade muito grande e a família esta consternada, muito triste. Estamos providenciando os trâmites burocráticos do corpo. Provavelmente hoje (quinta) à noite, deve ir para a Bahia", explicou Hugo, que esteve no Instituto Médico Legal para fazer a liberação do corpo.

Perseu foi executado na companhia de outros três médicos. Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, e Marcos de Andrade Corsato, 62, também morreram, enquanto Daniel Sonnewend Proença, de 32, foi levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Ainda na tarde desta quinta-feira, ele foi transferido a um hospital particular, onde está internado em estado estável.

Imagens registradas por câmeras de segurança mostram que três suspeitos desceram de um carro e atiraram diversas vezes contra os médicos. Um dos criminosos chegou a voltar para atirar mais em Perseu, que tentava se refugiar atrás do quiosque. No local, houve correria e desespero durante o ataque.

As investigações sobre o crime estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelas polícias Civil do Rio e de São Paulo. Uma das linhas de investigação aponta a semelhança física entre ortopedista Perseu e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que tem residência próximo ao local do ataque.

Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste. O filho traçou o mesmo caminho e também é apontado pelo MPRJ como sendo líder de uma quadrilha que atua na região de Rio das Pedras, Muzema e adjacências.