Publicado 08/10/2023 19:21
Rio - Morreu, neste domingo (8), Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, de 30 anos, até então única sobrevivente do ataque que terminou com duas crianças mortas a marteladas em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Natasha estava internada há 16 dias e seu estado de saúde era considerado grave pela direção do Hospital Municipal Pedro II. Ela foi torturada e queimada por Davi Souza Miranda, ex-namorado de sua irmã, no dia 22 de setembro. Agora, o criminoso vai responder por triplo homicídio. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Na ocasião do crime, a vítima havia levado sua sobrinha Luísa Fernanda da Silva, de 5 anos, para ver o pai, na companhia de sua filha Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4 anos. Ao chegarem no local, Davi amarrou Natasha e a torturou. Depois, deu marteladas nas duas meninas. Por fim, ele ateou fogo na casa e fugiu em um carro.
A mulher conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão, quando foi socorrida por vizinhos, que acionaram a Polícia Militar. Luísa e Natasha foram encaminhadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a menina morreu ao dar entrada na unidade. Já Ana Beatriz foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde já chegou sem vida. Por conta da gravidade das queimaduras, Natasha foi transferida para o Pedro II, mas não resistiu e morreu.
De acordo com a Polícia Civil, Davi dirigiu do local do crime até cair com o carro na linha férrea na altura da Mangueira, na Zona Norte da cidade. Moradores da região foram ao local do acidente e viram um celular tocando no meio do mato. Uma pessoa que atendeu foi informada de que Davi havia acabado de matar duas crianças e então a polícia foi acionada. Davi fugiu a pé do local do acidente e foi capturado por policiais do Segurança Presente na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte.
O pai de Luísa estava separado da mãe há um mês. Os dois tiveram um relacionamento que durou nove anos e moraram juntos até a separação. Segundo familiares das vítimas, Davi era um homem controlador, mas não demonstrava isso para a família da mãe de Luísa. Segundo relatos, a jovem, de 23 anos, não podia ter celular, amigos e nem acesso a redes sociais. O relacionamento acabou quando a mãe de Luísa fugiu, registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra Davi por violência doméstica. Porém, ele ainda tinha o direito de ver a filha uma vez por semana.
Ainda não há informações sobre o horário e sepultamento de Natasha.
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