Natasha permanece internada em estado graveReprodução / Redes Sociais

Rio - Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, torturada e queimada pelo ex-namorado de sua irmã em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, segue internada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, com quadro de saúde considerado grave. A mulher estava com as meninas, de 4 e 5 anos, mortas a golpes de martelo pelo pai de uma delas na sexta-feira (22). 
Natasha é tia de Luiza Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e mãe de Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4. Na ocasião do crime, ela havia levado sua sobrinha para ver o pai, na companhia de sua filha. Ao chegarem no local, Davi Souza Miranda amarrou Natasha e a torturou. Depois, deu marteladas nas duas meninas. Por fim, ele ateou fogo na casa e fugiu em um carro.
A mulher conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão, quando foi socorrida por vizinhos, que acionaram a Polícia Militar. Luiza e Natasha foram encaminhadas ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No entanto, a menina morreu ao dar entrada na unidade. Já Ana Beatriz foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde já chegou sem vida.
De acordo com a Polícia Civil, Davi dirigiu do local do crime até cair com o carro na linha férrea na altura da Mangueira, na Zona Norte da cidade. Moradores da região foram ao local do acidente e viram um celular tocando no meio do mato. Uma pessoa que atendeu foi informada de que Davi havia acabado de matar duas crianças e então a polícia foi acionada. Davi fugiu a pé do local do acidente e foi capturado por policiais do Segurança Presente na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte.
O suspeito, pai de Luiza, estava separado da mãe há um mês. Os dois tiveram um relacionamento que durou nove anos e moraram juntos até a separação. Segundo familiares das vítimas, Davi era um homem controlador, mas não demonstrava isso para a família da mãe de Luiza. Segundo relatos, a jovem, de 23 anos, não podia ter celular, amigos e nem acesso a redes sociais. O relacionamento acabou quando a mãe de Luiza fugiu, registrou um boletim de ocorrência e conseguiu uma medida protetiva contra Davi por violência doméstica. Porém, ele ainda tinha o direito de ver a filha uma vez por semana.
O suspeito foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelas investigações.