Publicado 13/10/2023 16:24
Rio - O policial militar Thiago dos Santos Reglo, de 38 anos, morto a tiros quando estava de folga em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi sepultado, na tarde desta sexta-feira (13), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O enterro contou com a presença de PMs que atuavam com a vítima.
O agente, lotado no 41º BPM (Irajá), passava com sua moto no viaduto Paulo Lins, no centro de Caxias, na tarde de quarta-feira (11), quando foi atingido por pelo menos três tiros. Os criminosos fugiram sem levar seus pertences, incluindo o veículo e a arma.
Um dia antes do homicídio, o policial participou de uma operação na comunidade Az de Ouro, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. A incursão terminou na prisão de sete suspeitos, incluindo um homem apontado como a principal liderança do tráfico de drogas na região, além da apreensão de quatro fuzis, granadas e rádios comunicadores. Um dos criminosos chegou a ser baleado em confronto.
A comunidade, que faz divisa com a cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, registrou diversos conflitos nos últimos meses devido a disputas territoriais entre facções rivais. A guerra seria uma tentativa de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em retomar a região, dominada atualmente por criminosos do Comando Vermelho (CV). Por causa da situação, o prefeito de Nilópolis, Abraãozinho (PL), solicitou reforço do 20º BPM (Mesquita) na segurança de bairros próximos à comunidade.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, Thiago foi o 113º agente de segurança baleado no Grande Rio em 2023. Destes, 51 morreram. Ele estava na corporação há 11 anos e deixou a mulher e um filho. Devido ao seu trabalho, o cabo recebeu duas homenagens na Câmara de Vereadores do Rio, em 2020 e 2022.
O homicídio é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a Polícia Civil, agentes da especializada buscam imagens de câmeras de segurança da região que possam ajudar na identificação dos suspeitos.
Na noite desta quinta-feira (12), o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre quem matou o PM. A denúncia pode ser realizada de forma anônima.
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