Publicado 27/10/2023 14:44
Rio - A mãe do ator Jeff Machado, Maria das Dores, esteve no Tribunal de Justiça do Rio nesta sexta-feira (27) para a primeira audiência de instrução e julgamento dos réus pela morte do filho. À imprensa, momentos antes da sessão, ela relatou a dor e saudade do filho, além do desejo de Justiça. O artista desapareceu em janeiro deste ano e teve o corpo encontrado dentro de um baú enterrado e concretado, em maio.
"Meu coração sangra de dor e saudade do meu filho. Espero que seja feita Justiça e que eles paguem pelo que fizeram, meu filho não tem volta, mas quero que eles paguem”, disse Maria.
Os réus são o produtor Bruno de Souza Rodrigues, que responde por oito crimes, e o garoto de programa Jeander Vinicius da Silva Braga, acusado por três.
"Meu coração sangra de dor e saudade do meu filho. Espero que seja feita Justiça e que eles paguem pelo que fizeram, meu filho não tem volta, mas quero que eles paguem”, disse Maria.
Os réus são o produtor Bruno de Souza Rodrigues, que responde por oito crimes, e o garoto de programa Jeander Vinicius da Silva Braga, acusado por três.
Maria das Dores chegou a descrever Bruno como uma pessoa maquiavélica. "Bruno matou meu filho e continuou se fazendo como Jeferson, eu não o conhecia pessoalmente, mas ele ficava falando comigo dizendo que ia procurar por ele, foi extremamente maquiavélico, sem condição humana, mentindo pra mim. Então isso eu preciso falar nessa audiência, para que a juíza fique sabendo quem é essa pessoa de tanta maldade e eu preciso que a Justiça seja feita. Eu confio na Justiça dos homens e na Justiça de Deus", comentou.
A mãe do ator, que é de Santa Catarina, disse que fez questão de vir ao Rio de Janeiro para explicar mais sobre o crime que chocou o Brasil. Maria das Dores se define como uma pessoa de muita fé e muita força e contou que não deseja a morte dos réus, mas que eles sejam condenados a pagar pelo que fizeram.
"Não sou eu que vou dizer que mate ou morra, quero que dure mil anos pra sofrer a dor que eu estou sofrendo com a perda do meu filho. Espero que vivam muitos e muitos anos na pena máxima. Eu sei que mãe sobre quando perde, quando tem filho assassino, porque mãe é mãe, mas espero que seja feita Justiça e que eles paguem pelo que fizeram, meu filho não tem volta, mas quero que eles paguem", desabafou.
De acordo com o advogado da família do ator, Jairo Magalhães, para o julgamento foram convocadas 19 testemunhas, sendo 18 delas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), das quais quatro não foram localizadas, e outra indicada pela defesa, que é o investigador principal da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), responsável pelas investigações do caso. A expectativa é de que dez pessoas sejam ouvidas nesta sexta-feira (27), começando pela mãe da vítima, Maria das Dores Machado, e o irmão, Diego Machado.
Relembre o caso
O inquérito da morte de Jeff foi concluído em julho pela DDPA e indiciou Bruno por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato e tentativa de estelionato; furto; invasão de dispositivo informático; maus-tratos a animais e falsa identidade. Já Jeander por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e por impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver e maus-tratos a animais.
De acordo com as investigações da especializada, o ator foi morto em 23 de janeiro e, no dia 27 seguinte, seu desaparecimento foi registrado, depois que familiares e amigos estranharam a falta de informações e contatos feitos por ele. A Polícia Civil conseguiu identificar a participação do produtor e do garoto de programa no crime e, junto com o MPRJ representaram pelas prisões, que foram decretadas pela Justiça do Rio e cumpridas em junho.
O inquérito apontou que o acusado dizia ser produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela para Jeff, que pagou R$ 25 mil para conseguir a vaga. O ator não percebeu que estava sendo enganado e, por não conseguir mais manter a farsa, ele decidiu matá-lo. Segundo a DDPA, a vítima foi morta por motivo fútil, estrangulada com um fio de telefone, após ser dopada e asfixiada. O corpo foi transportado por Jeander para uma casa em Campo Grande, alugada por Bruno em dezembro de 2022, exclusivamente para ocultar o cadáver da vítima.
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