Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, presa pelo sequestro do menino Ravi CunhaRenan Areias
Publicado 01/11/2023 16:39
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Rio - O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disse que a pasta apura, em conjunto com a Polícia Civil, sobre como Cauane Malaquias Costa, de 19 anos, tinha tantas informações de algumas pacientes, entre elas uma suposta conhecida da criminosa, chamada Raiane."Quando [Cauane] foi abordada por uma enfermeira, ela tinha informações de outra paciente chamada Raiane, que ela se intitulava acompanhante", disse Soranz.
Ainda segundo secretário, a segurança na Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, será revista nos próximos dias. Para ele, a situação envolvendo o sequestro de um recém-nascido na unidade é um caso preocupante. Após horas de nascido, Ravi Cunha foi sequestrado dentro da enfermaria da maternidade por Cauane Malaquias Costa, de 19 anos, na madrugada desta quarta-feira (1º). A mulher foi presa horas depois de cometer o crime, na comunidade do Borel, Zona Norte do Rio.
De acordo com o delegado Mário Andrade, titular da 4ª DP (Praça da República), Cauane fez um curso de jovem aprendiz com Raiane e passou a segui-la nas redes sociais desde então. A sequestradora ficou sabendo que a conhecida havia se internado para dar à luz através de uma publicação nas redes sociais da, então, gestante. 
A criança foi encontrada por policiais militares da UPP do Borel, na manhã desta quarta-feira (1°), na comunidade do Borel, Tijuca, Zona Norte do Rio. A mulher foi presa e Ravi levado para a maternidade. Ravi está em condições normais de saúde e deve receber alta na quinta-feira (2), junto com sua mãe, conforme o previsto.
Como a sequestradora agiu 
Cauane passou pela recepção da maternidade fingindo ser acompanhante de uma gestante que estaria em trabalho de parto, na madrugada de quinta-feira (1º). Ela carregava três bolsas e teria levado Ravi dentro de uma delas.
Veja imagens:
"Ela [Cauane] soube que uma amiga havia vindo para o hospital ter um bebê na data de ontem por uma foto e decidiu ir até o hospital e chegou lá entre 10h30 e 11h para visitar a colega. Segundo seu depoimento, ela realmente visitou essa colega, mas ficou perambulando pelo corredor do hospital. Por volta de três horas da tarde, ela passou pela enfermaria e viu o Ravi e se interessou pela criança", explicou o delegado da 4ª DP (Praça da República).
Depois disso, Cauane voltou para casa e esperou anoitecer. Por volta das 19h, retornou ao hospital com três bolsas de bebê, inclusive com uma bolsa cegonha, e por volta de 1h30, quando a mãe estava dormindo, ela aproveitou o cochilo, pegou a criança e levou para a sua casa, na comunidade do Borel.
De acordo com as investigações, a sequestradora teria inventado a gravidez por conta de um relacionamento extraconjugal que tinha há pelo menos cinco anos. A jovem ainda teria tirado fotos de diversas partes do hospital para afirmar à família que estava internada para ter o bebê que supostamente esperava.
A polícia chegou até a localização da mulher por meio de imagens de câmeras de segurança e denúncias. Agora, a Civil vai ouvir todos os envolvidos e analisar imagens de câmeras de segurança. Cauane pode responder por subtração de menor e ser condenada em até seis anos de prisão. 
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