Publicado 13/11/2023 18:20 | Atualizado 14/11/2023 14:46
Rio - Aflita e sem informações do paradeiro da filha há seis dias, a mãe da educadora Francisca Vitória Rodrigues, de 20 anos, pediu celeridade e mais disponibilidade de recursos da Polícia Civil para localizar a jovem. No entanto, a Polícia Civil rebateu a declaração da mulher afirmando que a mesma já foi intimada para depor três vezes, mas ainda não compareceu.
A profissional de educação desapareceu na terça-feira passada (7), na Praça Seca, Zona Oeste, quando voltava para casa depois do trabalho. A Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA) está responsável pelas investigações.
Ao DIA, Fran Rodrigues desabafou sobre como tem sido os últimos dias. "Já procuramos em hospitais e até no Instituto Médico Legal (IML), mas não está em nenhum lugar. Tem que botar o Corpo de Bombeiros e a polícia para ver se tem corpo no morro também", disse. "Pode estar enterrado [o corpo] ou colocaram fogo para não deixar nenhum rastro, tem essa possibilidade também", considerou Fran.
Nas redes sociais, amigos e parentes também continuam com a corrente de buscas. "Gente, quem souber ou tiver visto a Francisca Vitória após o horário de 17h30, entre em contato por favor. Estamos todos desesperados"; "Vitória Rodrigues continua desaparecida, gente. Ninguém some assim. Quem tiver com a Vitória deixa ela numa UPA ou em algum outro lugar que nós vamos buscá-la. É muito sofrimento. Ela é uma menina íntegra, boa filha, boa sobrinha, boa profissional", escreveu uma tia da jovem.
Uma câmera de segurança na Rua Barão, na Praça Seca, mostra a educadora momentos antes do seu desaparecimento. Nas imagens, a jovem, vestindo uma blusa branca, aparece indo embora ao lado de uma mulher de blusa preta. O relógio da câmera registra 17h04, horário de saída da escola em que ela trabalha.
O local onde Francisca Vitória foi vista pela última vez é palco de uma guerra de facções pelo controle da área. Após uma invasão de milicianos ao Morro do Jordão, no mês de agosto, traficantes teriam recuado para a Chacrinha. Desde então, os grupos têm se enfrentado constantemente, provocando uma rotina de violência para os moradores e comerciantes. Até o momento não há informações que façam a Polícia Civil acreditar que o desaparecimento da educadora tem relação com a guerra na Praça Seca.
A DDPA informou que diversas diligências foram realizadas no intuito de elucidar o crime. "A mãe da vítima, que já foi intimada três vezes, ainda não compareceu para prestar depoimento e contribuir com as investigações", disse.
Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Francisca Vitória pode fazer contato com o Disque-Denúncia (2253-1177) ou com a DDPA 2202-0338 / 2202-0337.
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