Educadora infantil Francisca Vitória, de 20 anos, está desaparecida e foi vista pela última vez na Praça Seca, Zona Oeste do RioReprodução/Redes sociais

Rio - Uma câmera de segurança na Rua Barão, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, mostrou a educadora Francisca Vitória, de 20 anos, momentos antes do seu desaparecimento, na tarde de terça-feira (7) passada. Nas imagens, a jovem, vestindo uma blusa branca, aparece indo embora ao lado de uma mulher de blusa preta. O relógio da câmera registra 17h04, horário de saída da escola em que ela trabalhava. 
Francisca Vitória não voltou para casa neste dia e, desde então, o seu paradeiro é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Até o momento a especializada ainda não tem maiores pistas sobre o caso. As imagens da câmera de segurança da Rua Barão serão analisadas e outras imagens também serão solicitadas para auxiliar nas investigações. 
De acordo com a família, a jovem, que é conhecida como Vivi, sempre foi responsável e nunca ficou tanto tempo sem dar notícias para a mãe, Francisca Rodrigues, com quem vive. "Sei que ela é uma pessoa responsável e que não sumiria assim do nada, sem dar satisfação para a família. Uma pessoa de boa índole e que não tinha inimigos. Estamos todos desesperados", disse uma amiga da jovem.
Outro colega explica que ela trabalha com duas crianças especiais e que todos estão devastados com o desaparecimento dela. "A escola teve que ligar para os pais de algumas crianças que ficaram muito tocadas ao descobrirem que a Vivi não estava aqui. Ela é muito amada pelos alunos", afirmou o amigo de trabalho. Ainda segundo o colega, a jovem tem um namorado que está ajudando nas buscas. "A mãe não sabia, mas ela revelou para algumas pessoas aqui da escola que estava com esse rapaz", disse. Vitória trabalha na unidade de ensino há dois anos e nunca recebeu advertência.
Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro de Francisca Vitória pode fazer contato com o Disque-Denúncia (2253-1177) ou com a DDPA 2202-0338 / 2202-0337.
Praça Seca vive clima de guerra entre facções
Nos últimos meses, a Praça Seca tornou-se palco de uma guerra pelo controle da área. Após uma invasão de milicianos ao Morro do Jordão, no mês de agosto, traficantes teriam recuado para a Chacrinha. Desde então, os grupos têm se enfrentado constantemente, provocando uma rotina de violência para os moradores e comerciantes. Desde o ano passado, a Zona Oeste sofre com as disputas territoriais. A região foi dominada por grupos paramilitares por anos, mas recentemente o tráfico, buscando expandir pontos de venda de drogas, conseguiu tomar o controle em diferentes locais.