Publicado 29/11/2023 13:43
Rio - Priscilla Laranjeiras Nunes de Oliveira, síndica acusada de matar o vizinho, em 2021, foi condenada a 18 anos e oito meses de prisão nesta quarta-feira (29). A mulher foi julgada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) em sessão que foi iniciada na tarde de terça-feira (28).
A juíza Elizabeth Machado Louro considerou Priscilla culpada e mentora do assassinato por premeditar o crime. O Tribunal do Júri, por maioria de votos, optou pela condenação.
A juíza Elizabeth Machado Louro considerou Priscilla culpada e mentora do assassinato por premeditar o crime. O Tribunal do Júri, por maioria de votos, optou pela condenação.
Na terça, uma moradora do prédio, testemunha do caso, afirmou em depoimento que Carlos Eduardo Monttechiari foi morto após descobrir o desvio de cerca de R$ 4 milhões do orçamento do condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste. De acordo com ela, a vítima tinha diversos documentos que comprovavam as fraudes nas notas fiscais.
O material seria apresentado em uma assembleia do condomínio, que estava marcada para o dia 5 de fevereiro de 2021. A informação sobre as fraudes nas notas fiscais foi confirmada pelo atual síndico.
Leonardo Gomes de Lima, de 37 anos, apontado como amante de Priscilla e autor dos disparos, foi julgado em fevereiro deste ano e condenado a 15 anos de prisão. Os dois estão presos desde março de 2021.
Relembre o caso
No dia 1º de fevereiro de 2021, Priscilla arquitetou um plano para matar o empresário, pois ele descobriu que ela havia desviado dinheiro do condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde ela era síndica e ele, morador. Carlos Eduardo foi baleado dentro do carro, na frente do terreno que alugava, em Vila Kosmos, Zona Norte.
Carlos Eduardo foi morto quatro dias antes de uma reunião que tinha marcado com outros moradores para apresentar um dossiê com provas de ilegalidades no edifício contra a gestora.
A vítima foi atingida no tórax e no abdômen e chegou a ser hospitalizada, mas morreu no dia seguinte. Os investigadores perceberam, por meio de imagens de câmeras de segurança, que o carro do qual o assassino desceu tinha um amassado na lataria. Descobriram ainda que o veículo estava no nome da mulher de Leonardo.
Segundo a investigação, Leonardo tentou modificar o veículo, colocando rodas novas e tirando adesivos, mas o amassado na lateral permaneceu.
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