Publicado 06/12/2023 17:47 | Atualizado 06/12/2023 18:13
Rio - Homens que se intitulam "justiceiros" de Copacabana, na Zona Sul do Rio, aparecem em novas imagens espancando um jovem na Rua Djalma Ulrich, no referido bairro, na noite de terça-feira (5). Em um vídeo que circula nas redes sociais, gravado por um dos integrantes do bando, é possível ver pelo menos sete homens agredindo o rapaz na cabeça, nos braços e pernas com socos, chutes e até pauladas.
Vejam as imagens abaixo.
Aviso de imagens fortes!
Durante as agressões, um dos homens questiona o jovem: "Cadê a faca?", e o menino responde: "Não tenho faca, não". Os socos e chutes, então, continuam. Há ainda outros vídeos que circulam nas redes sociais que mostram o mesmo grupo circulando em bando pelas ruas de Copacabana em busca dos suspeitos de praticar roubos em série no bairro. Segundo o Código Penal brasileiro, fazer justiça com as próprias mãos é crime.
O que dizem as polícias
A Polícia Civil informou que está monitorando o 'grupo de justiceiros' e disse que as investigações estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Já o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor César Carvalho dos Santos, repudiou as atitudes, chegando a comparar o comportamento do grupo ao de milicianos, e afirmou que todos estão sendo acompanhados.
"Trata-se de um grupo que se acha acima do bem e do mal, no direito de fazer justiça com as próprias mãos. E então praticam crimes com o objetivo de evitar crimes. Na verdade, todos eles são criminosos. O justiceiro é criminoso", disse Victor César em entrevista ao programa 'Estudio i', da GloboNews, nesta quarta-feira (6).
A Polícia Militar vai ter reforço na segurança após onda de violência em Copacabana. Uma reunião entre representantes de forças de segurança estaduais e municipais do Rio de Janeiro definiu, na tarde desta quarta-feira (6), alterações no esquema de policiamento em Copacabana.
A principal novidade é que o comando da Polícia Militar vai reforçar o policiamento da Operação Verão em Copacabana a partir do fim da tarde, com a formação de um corredor de segurança, que consiste na distribuição de viaturas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana das 18h às 23h. Em seguida, o corredor será reposicionado ao longo da Avenida Atlântica com objetivo de atender a moradores e turistas que frequentam o calçadão e os quiosques. Além disso haverá uma melhor distribuição do policiamento e intensificação nas abordagens.
Criação do grupo
A iniciativa dos 'justiceiros' ocorreu após o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos. Ele foi agredido e roubado em Copacabana por um grupo de jovens no domingo passado (3). A ação foi flagrada por câmeras de segurança. A vítima recebeu um soco no rosto e caiu desacordada. Antes da agressão, os suspeitos ainda tentaram assaltar uma mulher que passava pelo local.
O professor de jiu-jítsu Fernando Pinduka fez uma convocação aos mais de 100 mil seguidores. Na publicação, ele afirma que está indignado com "os últimos episódios ocorridos em Copacabana, agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros contra pessoas de bem".
Pinduka pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região. "Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu. Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas sim "estimulando alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção". Disse que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".
Pinduka pede, ainda, ajuda das academias e lutadores da região. "Seria fantástico um engajamento das academias e de lutadores da localidade participando dessa ideia, abraçando o projeto de limpeza em Copacabana", escreveu. Na postagem, o professor afirma que não está estimulando a violência, mas sim "estimulando alguma maneira de proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas do bem que estão sendo humilhadas nas ruas". Ele relembrou ainda que nos anos 90 foi realizado "uma patrulha de proteção". Disse que, na ocasião, deu certo e teve "um verão mais tranquilo".
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