Policiamento reforçado em Copacabana após os recentes casos de violênciaRenan Areias / Agência O Dia

Rio - Uma reunião entre representantes de forças de segurança estaduais e municipais do Rio de Janeiro definiu, na tarde desta quarta-feira (6), alterações no esquema de policiamento em Copacabana, na Zona Sul da cidade, depois das cenas de violência registradas durante a semana e da formação de bandos de "justiceiros". 
A principal novidade é que o comando da Polícia Militar vai reforçar o policiamento da Operação Verão em Copacabana a partir do fim da tarde, com a formação de um corredor de segurança, que consiste na distribuição de viaturas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana das 18h às 23h. Em seguida, o corredor será reposicionado ao longo da Avenida Atlântica com objetivo de atender a moradores e turistas que frequentam o calçadão e os quiosques. Além disso haverá uma melhor distribuição do policiamento e intensificação nas abordagens. 
O policiamento será feito por policiais dos batalhões de área e de unidades especializadas, assim como os que integram os programas Copacabana Presente, da Secretaria de Governo, e Rio + Seguro, da prefeitura, além dos guardas municipais.
"Precisamos nos unir e planejar melhor nossa ocupação no terreno, como forma de aprimorar o que já temos feito. Ampliando de forma racional a nossa sinergia, aliada à utilização dos recursos tecnológicos, poderemos dar maior efetividade às nossas ações", disse coronel Luiz Henrique Pires, secretário da PM.
Além de representantes das unidades operacionais do Centro e Zona Sul do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área), participaram da reunião a Secretaria de Governo do Estado e a Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Rio, representadas pelos secretários Bernardo Rossi (Segov) e Brenno Carnevale (Seop).
Violência em Copacabana
Moradores de Copacabana, na Zona Sul do Rio, passaram a fomentar a criação de grupos que se intitulam "justiceiros" após recentes casos de violência no bairro. Em entrevista ao programa 'Estudio i', da GloboNews, o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor César Carvalho dos Santos, repudiou a atitude, comparando o comportamento do grupo ao de milicianos e que todos estão sendo acompanhados.
"Trata-se de um grupo que se acha acima do bem e do mal, no direito de fazer justiça com as próprias mãos. E então praticam crimes com o objetivo de evitar crimes. Na verdade todos eles são criminosos. O justiceiro é criminoso", disse Victor César.
Em grupos de Whatsapp, o bando planeja "caçar" os suspeitos de roubo empregando táticas agressivas e alega que moradores andam desprotegidos nas ruas do bairro. A iniciativa ocorreu após o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, que no domingo passado (3) levou um soco no rosto e em seguida foi roubado por um grupo de jovens.