De janeiro a dezembro de 2023, MPRJ requereu à Justiça o bloqueio de R$ 9 milhões de contas investigadas Banco de imagens / Agência O Dia
Publicado 30/12/2023 12:33
Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) requereu à Justiça, de janeiro a dezembro de 2023, o bloqueio de mais de R$ 9 milhões nas contas de pessoas investigadas por tráfico de drogas, milícia, contravenção e pirâmide financeira. Ao todo, foram 73 ações penais ajuizadas, 483 denunciados e 67 operações realizadas.
Com foco na asfixia financeira das mais variadas organizações criminosas, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Federal, participou da 2ª fase da Operação Dinastia, no último dia 19. A ação aconteceu depois da denúncia do Gaeco contra Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho. O miliciano estava foragido desde 2018 e se entregou à polícia no último domingo (24).

Já a Força-Tarefa Marielle e Anderson (FTMA), também do MPRJ, realizou a Operação Élpis que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, suspeito de ter participado do sumiço das armas usadas no crime. Em julho, em uma nova denúncia sobre o caso Marielle Franco, o Gaeco revelou a participação de Maxwell no duplo homicídio. Em uma delação premiada, o ex-PM Élcio de Queiroz apontou a participação do ex-bombeiro e confessou que dirigiu o carro, de onde Ronnie Lessa fez os disparos.

No combate à contravenção, o MPRJ e a Polícia Civil fizeram, também em julho, a Operação Ás de Ouro II, para prender o bicheiro Bernardo Bello e outros cinco integrantes da organização, pelo assassinato de um advogado em Niterói, no ano de 2022. De acordo com as investigações, Bernardo e o braço financeiro da organização, Allan Diego Magalhães Aguiar, foram os mandantes do crime.

Em novembro, o grupo também denunciou ex-gestores públicos de Nova Friburgo, pelo crime de peculato. Na operação Pátio Ilegal, foram denunciados os sócios de uma empresa que leiloaram indevidamente 162 veículos apreendidos em inquéritos policiais ou em processos judiciais. Os denunciados teriam embolsado mais de R$ 3 milhões.
O Gaeco identifica, previne e reprime o crime organizado e as atividades ilícitas especializadas em todo o Estado do Rio de Janeiro. O grupo também promove e acompanha investigações e intercâmbio de informações com órgãos de inteligência e investigação.
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