Suspeito foi identificado por sistema de reconhecimento facial do estádioReprodução
Publicado 04/01/2024 10:47
Rio - Jonathan Messias Santos da Silva, de 34 anos, preso em julho do ano passado pela morte da palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, é servidor concursado da prefeitura e desde que foi detido, já recebeu mais de R$ 20 mil dos cofres públicos. O torcedor do Flamengo atuava como diretor adjunto e professor em uma escola municipal na Zona Oeste.

Segundo o Portal da Transparência da Prefeitura, o salário bruto do rapaz é de R$ 6.119,69. No entanto, desde quando foi preso, Jonathan tem desconto de 33% mensal. Na ocasião, segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), foi solicitada a suspensão do seu salário.

Além disso, em outubro, três meses após sua prisão, ele embolsou R$ 7.021,01, além do salário. A SME destacou que esse valor é referente ao acordo de resultados do período trabalhado em 2022, ano em que o servidor atuou normalmente. A pasta disse, ainda, que o secretário Renan Ferreirinha já se manifestou contra o recebimento de salário do servidor preso. No entanto, não foi informado se existe alguma sindicância, que poderia resultar em sua demissão.
Relembre o caso

O servidor foi preso em julho do ano passado, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Jonathan Messias Santos da Silva é apontado de ter arremessado a garrafa que matou a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos. A jovem foi atingida na artéria jugular por estilhaços de uma garrafa, arremessada durante uma confusão entre torcidas de ambos os times, na entrada do estádio do Palmeiras, no dia 8 de julho. 
A Polícia Civil de São Paulo havia prendido Leonardo Felipe Xavier Santiago em flagrante no dia do ocorrido, no entanto, ele foi solto após pedido do Ministério Público. O promotor Rogério Leão Zagallo alegou que as provas eram inconclusivas. Com a soltura de Leonardo, as investigações para encontrar o suspeito de arremessar a garrafa haviam sido retomadas.  Jonathan foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por homicídio doloso na modalidade de dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
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