Jonathan foi preso em Campo Grande, na Zona Oeste do RioDivulgação / Polícia Civil

Rio - A Secretaria Municipal de Educação afastou o torcedor do Flamengo Jonathan Messias Santos da Silva, preso acusado de ter arremessado a garrafa que matou a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos. Ele atuava como diretor adjunto e professor da Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Em nota, a pasta também informou que repudia o crime. "A Secretaria Municipal de Educação repudia o crime e informa que o acusado está preso e afastado de suas funções", diz a nota.
Através das redes sociais, o secretário Municipal de Educação, Renan Ferreirinha considerou o crime lamentável e afirmou que Jonathan não representa a classe dos professores. "Obviamente não representa essa classe tão importante no nosso país, que trabalha diariamente para promover uma cultura de paz nas nossas escolas e harmonia na nossa sociedade. Que a polícia possa trabalhar esse caso com o máximo de celeridade possível para que a gente possa ter as respostas e que ninguém generalize os professores, que trabalham para termos uma sociedade que valorize a paz e não a violência”, ressaltou Ferreirinha. 
Jonathan foi preso na terça-feira (25) em Campo Grande, Zona Oeste, e chegou a São Paulo na madrugada desta quarta-feira (26). Ele será ouvido nos próximos dias. A morte de Gabriela é investigada pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Relembre o caso

A palmeirense foi atingida na artéria jugular por estilhaços de uma garrafa, arremessada durante uma confusão entre torcidas de ambos os times, em uma das entradas do estádio Allianz Parque, no último dia 9.
A vítima recebeu atendimento na ambulância do estádio e foi levada ao hospital Santa Casa, no centro de São Paulo. Ela sofreu duas paradas cardíacas e faleceu no dia seguinte.
A Polícia Civil de São Paulo havia prendido Leonardo Felipe Xavier Santiago em flagrante no dia do ocorrido, no entanto, ele foi solto após pedido do Ministério Público. O promotor Rogério Leão Zagallo alegou que as provas eram inconclusivas.
Com a soltura de Leonardo, as investigações para encontrar o suspeito de arremessar a garrafa haviam sido retomadas.