Publicado 17/01/2024 19:36 | Atualizado 17/01/2024 20:44
Rio - Policiais do Grupamento de Ações Táticas do 16° BPM (Olaria) prenderam, na tarde desta quarta-feira (17), um suspeito de envolvimento no sequestro do adolescente Paulo Victor Vieira de Souza, de 16 anos. De acordo com a Polícia Militar, Lucas Bianchini Nunes Borges foi localizado no mesmo bairro onde o jovem desapareceu, após informações repassadas pelo Disque Denúncia. O suspeito foi encaminhado à 38ª DP (Brás de Pina), que investiga o desaparecimento. Não há informações sobre o paradeiro de Paulo Victor.
O jovem foi capturado por criminosos no domingo (14), quando soltava pipa com amigos, próximo à estação de trem em Brás de Pina, na Zona Norte. Além de Paulo Victor, outras duas pessoas foram sequestradas, em um período de 10 dias, nas proximidades da favela do Quitungo. A suspeita da Polícia Civil é de que o mesmo grupo criminoso da comunidade seja responsável pelos desaparecimentos. Além do adolescente, também foram sequestrados o entregador Wagner Motta Neves, de 33 anos, em 4 de janeiro, e Wagner Santana Vieira, de 36 anos, em 8 do mesmo mês, quando visitava familiares no bairro.
No último dia 10, o corpo do segundo foi encontrado por policiais militares, às margens de um rio, na localidade do Cantinho da Ponte, na Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A identificação da vítima foi confirmada nesta terça-feira (16).
Vídeo mostra momento do sequestro do adolescente
As imagens de uma câmera de segurança mostram bandidos armados se aproximando em motocicletas e cercando o adolescente, que estaria soltando pipa com amigos. Em seguida, ele é obrigado a descer as escadas da estação e subir na garupa de um dos veículos usados pelos criminosos. Enquanto um homem dirige, outro sequestrador segura o pescoço da vítima e aponta uma arma na altura de sua cintura. Confira abaixo.
Linha de investigação
De acordo com o delegado titular da 38ª DP, Flávio Rodrigues, a principal linha de investigação é de que eles tenham sido levados pelos bandidos devido a um acerto de contas de grupos criminosos, porque as vítimas moravam ou integravam o tráfico de drogas de favelas dominadas por facções rivais. Entretanto, não há confirmação de que elas tenham envolvimento com o crime organizado. Atualmente, a comunidade do Quitungo é controlada pelo Comando Vermelho.
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